A economia da zona do euro contraiu no primeiro trimestre de 2023, revelou a agência de estatísticas Eurostat na quinta-feira. Isso marca o segundo trimestre consecutivo de contração, atendendo assim à definição técnica de recessão.
O anúncio veio após uma revisão para baixo do crescimento nos 20 países que usam o euro como moeda no último trimestre de 2022 e no primeiro trimestre deste ano.
O Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro encolheu 0,1% entre janeiro e março, em comparação com o quarto trimestre de 2022, informou a Eurostat em comunicado.
A agência atribuiu a desaceleração a uma queda nos gastos do governo e das famílias e a dados revisados da Alemanha, que mostraram que a maior economia da zona do euro entrou em recessão no início do ano.
O consumo das famílias na zona do euro caiu 0,3% no primeiro trimestre, destacando as pressões que os consumidores estão enfrentando em meio à alta dos preços, disse o relatório.
“Esperamos que o crescimento seja retomado a partir do 2T23, mas permaneça moderado até 2023, já que os ventos contrários de condições de financiamento mais apertadas e a demanda global vacilante mantêm a atividade sob controle”, observaram Maeva Cousin e David Powell, da Bloomberg.
Quedas acentuadas do PIB foram registradas na Irlanda (queda de 4,6%) e Lituânia (queda de 2,1%), enquanto a Alemanha registrou um declínio trimestral de 0,3%, mostraram dados do Eurostat.
A Holanda, Malta e a Grécia também relataram uma contração trimestral nos primeiros três meses do ano.
Os dados revisados vêm apesar das garantias de autoridades do Banco Central Europeu de que uma recessão pode ser evitada, mesmo com a inflação subindo para os níveis mais altos desde que o euro foi introduzido.
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