Procurado em seu país por revelar programas de espionagem eletrônica em massa de seu governo (PRISM, XKeyscore, Boundless Informant e Bullrun) e do governo britânico (Tempora, Muscular e Optic Nerve), o ex-funcionário da NSA é refugiado na Rússia desde maio de 2013.
Privado de seu passaporte americano a pedido de Washington, ele se viu em Moscou depois de chegar de Hong Kong e pretender se refugiar na América Latina. Ele acabou ficando preso na Rússia, onde recebeu asilo. Desde outubro de 2020, Edward Snowden tinha um título de residente permanente.
Seu advogado, Anatoli Koutcherena, esclareceu que o denunciante de má conduta não seria afetado pela ordem de mobilização para a operação especial na Ucrânia, decretada por Vladimir Putin na semana passada para certas categorias de russos. “Ele não serviu no exército russo e, portanto, de acordo com nossa legislação atual, ele não se enquadra nessa categoria de cidadãos que agora são convocados”, disse ele à agência Ria Novosti. Segundo ele, a parceira de Edward Snowden, Lindsay Mills, também solicitou a cidadania russa e a filha deles já a possui, nascida na Rússia.
Apesar de seu exílio e sua situação delicada perante as autoridades americanas, Edward Snowden continua alertando sobre os riscos da vigilância governamental de seus próprios cidadãos. Durante uma entrevista por videoconferência para o Copenhagen Documentary Film Festival em março de 2020, alertou assim para um possível aumento da vigilância devido à crise sanitária, preocupando-se com a sua natureza potencialmente duradoura quando a crise terminar.
RECOMENDAÇÃO DO SBP
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