LULA VENCE EM TODOS OS CENÁRIOS NA QUAEST
CONFIRA OUTROS PONTOS IMPORTANTES DA PESQUISA
A Pesquisa Quaest deste mês de Maio traz informações interessantes que apontam para a tendência de aumento da decepção do povo com o governo Bolsonaro. Esse resultado não pode ser resumido apenas a um reflexo do agravamento da crise econômica, também se deve levar em conta que a proximidade das eleições propiciam uma discussão mais plural sobre essa desastrosa administração, influenciando o voto da população, principalmente quando comparada com o período áureo dos governos do PT.
Por óbvio, a evidente possibilidade de Lula fechar o jogo logo no primeiro turno ganha maior espaço nas discussões e analises eleitorais. A solidez do desempenho do candidato petista, posicionado sempre num patamar elevado e distante dos demais, costuma ser compreendida mais comumente como resultado de fatores que lhe são favoráveis: o alto grau de conhecimento de sua pessoa, de suas boas realizações e de sua historia, cuja trajetória que lhe confere um inigualável carisma entre a população.
Contudo, o aprofundamento nos dados da pesquisa desvenda que as razões desse favoritismo não se resumem tão somente a popularidade e ao carisma do ex-presidente, pois, ao se debruçar sobre os números que avaliam o governo e sobre os recortes sociais nas segmentações de voto, observa-se nas tendências de outras variáveis que elas apresentam condições, que também favorecem o bom desempenho do candidato petista.
Por exemplo; revela-se o erro da aposta Bolsonarista em acreditar no mito do Bolsa Família como programa eleitoreiro. Essa falácia é demolida pelas avaliações de governança feitas pelos beneficiários. De modo geral e com resultados persistentes há longo tempo, o governo é muito mal avaliado por quase metade da população (46%), sendo positivado por apenas um quarto (25%), ao passo que 27% ainda entendem a governabilidade do presidente como sendo regular. Não obstante, quando questionados sobre a avaliação da administração Bolsonaro, aqueles que recebem o Auxilio Brasil são bem mais críticos do que aqueles que não recebem. A maioria (48%) dos beneficiários avaliam negativamente o governo contra 45% dos sem auxilio e apenas 19% daqueles auxiliados acham a administração positiva, enquanto 27% dos não beneficiados pelo programa aprovam a governança de Bolsonaro.
Então, o que se depreende dos números é que o Auxilio Brasil não foi suficiente para relaxar a situação de penúria daqueles que o recebem e que se expressam até mais descontentes com o governo, não somente contra quem não recebe, como também com números de críticos relativamente acima da media da população em geral.
A decepção do povo com Bolsonaro é latente. Embora, um terço dos entrevistados pela Quaest confessem nenhuma surpresa, pois, desde antes que assumisse já esperavam o bem e o mal que Bolsonaro tem entregue para a nação, a grande decepção acontece para praticamente a metade dos brasileiros (48%), que declaram o desempenho desta administração pior daquilo que projetavam sobre ela antes da posse.
E esse nível de decepção se mantem inalterado durante o ano de 2022, sofrendo pequenas oscilações dentro da margem de erro, indicando que o arrefecimento da COVID, não rendeu dividendos para Bolsonaro. A pandemia deixou de ocupar a posição nos primeiros postos no roll de preocupações dos brasileiros, reduzindo o numero de muito preocupados, de 64% em Jan/22, para apenas 34% nesse levantamento. E ainda que os poucos preocupados sejam 48% contra 25% no inicio do ano, o péssimo desempenho da economia voltou a ser o grande problema compreendido como fator praticamente absoluto nas avaliações dos entrevistados.
Reforçando a tese de que esse governo tem decepcionado até seus próprios eleitores, chama a atenção as bruscas movimentações negativas que a avaliação de Bolsonaro apresentou em regiões onde o atual presidente recebeu votação expressiva. Destaca-se a queda abrupta das avaliações positivas no Sul e o crescimento das negativas na Região Norte, que indicam tendência de logo se unirem ao descontentamento aferido no Brasil atingindo patamares de insatisfação próximo a metade da populações em seu territórios.
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