terça-feira, 24 de maio de 2022

"Taiwan é parte da China", mas EUA planeja interferir militarmente na região chinesa

Joe Biden, afirmou nesta segunda-feira, 23, que "Taiwan é parte da China", entretanto confusamente disse que os EUA responderiam militarmente para defender a ilha de Taiwan num conflito com a China. "Sim, esse é um compromisso que assumimos", afirmou ao ser questionado por um repórter. 

O presidente americano destacou que o governo americano não dá ao governo chinês o direito de tomar a ilha à força. Biden disse que os EUA responderiam militarmente para defender Taiwan se a China tentar tomar controle à força sem permissão dos EUA.

Quais poderiam ser as bases para tal declaração?  Será que Biden ignora a relação histórica entre China e Taiwan?

Em 1542,  a ilha principal de Taiwan foi avistada a 161 quilômetros a leste da China continental pelos portugueses e a chamaram de "Ilha Formosa".   Depois de passar para o domínio dos espanhóis e depois da Companhia Holandesa das Índia Oriental, voltou a ser parte do Império Chinês até 1895. Após a derrota chinesa na guerra sino-japonesa, Taiwan foi anexada pelo Japão, situação esta que perdurou até o final da Segunda Guerra Mundial.  Com a rendição incondicional do Japão, em 15 de agosto de 1945, a ilha de Taiwan retornou a ser parte da República da China, cuja formalização se deu mais tarde, pelo Tratado de Paz de São Francisco em 1951.   Essa abismal ignorância histórica de Biden me encheria de tristeza – até desespero, mas o que na realidade parece que o que causa seus comentários absurdos e a acreditar que pode decidir e determinar a ação de um governo em seu território é a mentalidade imperialista narcisista .

Apesar dos esforços da mídia para apresentar o comentário de Biden como uma distorção ou uma “gafe”, a realidade é que a observação de Biden corresponde às opiniões das principais figuras da política externa dos EUA. Logo após a fala de Biden, a Casa Branca rapidamente minimizou os comentários e afirmou que a declaração não reflete uma mudança na política dos EUA. É a terceira vez nos últimos meses que Biden disse que os EUA protegeriam Taiwan de um ataque chinês, apenas para que a Casa Branca recuasse essas observações.  


A China fez duras críticas à fala, dizendo que o americano "brincava com fogo". Os comentários foram recebidos como um desafio a Pequim, com o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores Wang Wenbin dizendo a repórteres que "Taiwan é uma parte inalienável do território da China".  Para China, ’Estratégia Indo-Pacífico’ dos EUA está fadada ao fracasso. A avaliação foi feita pelo conselheiro de Estado chinês e ministro das Relações Exteriores, Wang Yi. 

A declaração do chanceler chinês ocorre em meio à primeira viagem de Joe Biden como presidente dos EUA à Ásia. A visita visa unir aliados e parceiros para combater a crescente influência da China. Também ocorreu um dia antes de Biden participar da segunda cúpula presencial do Diálogo de Segurança Quadrilátero (Quad) – um grupo informal entre EUA, Japão, Austrália e Índia que alarmou Pequim.

A China e a Rússia deram um recado militar ostensivo aos EUA ao longo desta terça (24), enquanto o presidente Joe Biden se reunia no Japão com aliados contrários a Pequim na região do Indo-Pacfíco. 

Ao menos dois Tu-95 russos e dois H-6K chineses, ambos bombardeiros com capacidade de emprego nuclear, foram escoltados por duas caças Su-30SM russos em um voo de 13 horas sobre o mar do Japão, passando pela Zona de Identificação de Defesa A Coreia Aérea do Sul, que foi visitada por Biden no fim de semana.

A zona não é o espaço aéreo, mas uma área em que aviões se identificam para evitar mal-entendidos de intenções. O grupo seguiu de lá para perto das fronteiras japonesas. Tanto Seul quanto Tóquio enviaram caças F-2 e F-15, respectivamente, para acompanhar o movimento. Não houve incidentes, mas o ministro da Defesa japonês, Nobuo Kishi, considerou o episódio "grave".

Foi a primeira patrulha conjunta de Moscou e Pequim desde que Vladimir Putin invadiu a Ucrânia, em 24 de fevereiro, e um sinal eloquente de que os dois países mantêm sua parceria militar apesar das críticas ocidentais ao Kremlin. Pequim pede negociações de paz, mas não critica o aliado.

Os EUA ampliam dois instrumentos contra Pequim: um militar, na forma do Quad e do pacto Aukus (com Austrália e Reino Unido), e outro econômico, na forma da parceira comercial de 13 países do Indo-Pacífico.  Ainda assim, há diferenças básicas também de aparelhos. A Rússia nuclear similar ao americano e bem maior que o chinês, é um país dez vezes menor tem um arsenal mais poderoso do que a China. As ameaças de bifurcação do regime de comparação entre o Kremlin se comparam com o Kremlin, feitas na feira (23 entre as duas economias).

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