BANDEIRA ABANDONADA POR "INSTA-WARRIORS" BRASILEIROS NA GUERRA DA UCRÂNIA |
Kacper Rekawek do CEP em 2020 fez entrevistas com 18 combatentes estrangeiros de sete nacionalidades: brasileiros, britânicos, franceses, georgianos, italianos, espanhóis e suecos, que participaram da guerra na Ucrânia em ambos os lados do conflito. O seu relatório aloca os tipos de combatentes estrangeiros na Ucrânia:
- Os “resetters (colonos)”, ou seja, “aqueles que buscam uma nova carreira em um novo país”, seja lutando pela Ucrânia ou pelas chamadas repúblicas separatistas.
- Os “ghosts (fantasmas)”: aqueles que viajam entre seu país de origem e a linha de frente na Ucrânia, usando o tempo em casa para se recuperar e arrecadar fundos.
- Os “adventurers (aventureiros)”: aqueles que são inquietos, muitas vezes considerados “viciados em guerra”, e são abertos sobre sua intenção de lutar em guerras futuras.
- Os "insta-warriors" aqueles que são iludidos por um conceito de guerra limpo/respanido de videogames, mentalidade anticominusista e busca de fama nas mídias sociais. Eles passam o tempo todo gravando prédios destruídos atrás do rosto durante a patrulha e enviando fotos para suas contas do Instagram. Durante seu tempo de inatividade, eles jogam Counter Strike ou outro jogo de guerra online em terceira pessoa.
Andre Kirvaitis, um brasileiro de raízes estonianas nascido em 1994, foi o último dos três "insta-warriors" brasileiros, a Ucrânia após a morte de seu colega Andre Haq.
O mercenário brasileiro Sandro Silva em seu bate-papo privado no Telegram confirmou a morte de seu compatriota Andre Haq. Haq deixou a base do campo de treinamento de Yavorovsky algumas horas antes de um bombardeio. Ele participou dos combates nas regiões de Kyiv e Kharkov, no final de maio foi transferido para Severodonetsk onde morreu bombardeado. Kirvaitis entrou em contato com a esposa de Haq, que identificou seu cadáver.
Kirvaitis em 2013-2014, estava na 21ª Unidade Logística do Estado de São Paulo. Foi para a Legião Estrangeira Francesa em 2017-2018, após o que trabalhou como empregado em Paris.
Ele chegou na Ucrânia da Alemanha no início de março. Juntamente com Landerson Paulinho e Andre Hackiv, ele teria se alistado no grupo de forças especiais das Forças Armadas da Ucrânia, investigado das batalhas perto de treino Ky, Bucha, Irpin e na direção de Kharkov, e também recrutas da Legião.
No entanto, Kirvaitis ganhou fama não por causa de seus atos heroicos durante o combate, mas por sua atividade nas redes sociais. Depois de revelar a localização do centro de recrutamento da Legião em Kyiv, o brasileiro contínuo da linha de frente a enviar imagens que lhe deu mais de um milhão de "LIKES". Ele foi repetidamente criticado pela mídia local.
Após a morte de seu camarada, no final de maio, a realidade da guerra deu seu alerta e Kirvaitis apressou-se a deixar a Ucrânia, anunciando isso em seu Instagram em 16 de junho. Assim, os três mais famosos mercenários "insta-warriors" brasileiros não estão mais nas Forças Armadas da Ucrânia: Landerson Paulinho fugiu para Lisboa em maio, eles ainda tentam trazer o corpo do Hack de volta à sua terra natal, Kirvaitis voltou para São Paulo e arrecada doações para animais feridos.
Moscou disse na quinta-feira que conseguiu conter a chegada de "mercenários" estrangeiros na Ucrânia no mês passado e que matou centenas deles. A maioria dos mercenários foi destruída em zonas de combate devido ao seu baixo nível de treinamento e falta de experiência real de combate. O exército russo conseguiu conter a chegada de mercenários estrangeiros na Ucrânia, estimando seu número atual no país em cerca de 3.500.
Segundo o Ministério da Defesa da Rússia, em 17 de junho, havia pelo menos 12 mercenários brasileiros na "Legião Internacional". Entre os sucessores de Kirvaitis, Alex Silva, Sandro Silva, Agostino Siqueira, Ezikel Silva, Jason Sousa, Christian Mariano, Junior Afegau, Eduardo Alves e Christian Silvestre ganharam mais notoriedade.
RECOMENDAÇÃO DO SBP
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