quarta-feira, 15 de junho de 2022

BRASIL X FRANÇA 21/06/86: 36 ANOS DA DESPEDIDA DA MELHOR SELEÇÃO DEPOIS DE 70 - UM JOGÃO DE BOLA

 

O Brasil x França de 86 foi um jogaço muito além dos pênaltis, mas do qual poucos se lembram


As eliminações da seleção brasileira nas Copas de 1982 e 1986 costumam ser tratadas como traumas. O Sarriá geralmente vem alcunhado como “tragédia”. Já no México quase sempre é relatada como o ponto final de uma geração talentosa, mas já em declínio. De fato, os pênaltis perdidos por Zico e Sócrates (e também Júlio César) tiveram seu peso na eliminação para o grande time da França, campeã europeia dois anos antes. Porém, limitar aquela tarde no Estádio Jalisco ao que aconteceu na marca da cal torna-se um simplismo imenso. Afinal, brasileiros e franceses protagonizaram um jogaço ao longo de 120 minutos. Uma partida que entrou para a história dos Mundiais não pelos erros, mas pela qualidade do futebol.


O Brasil podia não exibir um futebol brilhante, mas os resultados reforçavam o favoritismo da equipe de Telê Santana. Durante a primeira fase, três vitórias, apesar do sofrimento diante de Espanha (com um gol legal não assinalado para a Fúria) e Argélia. Já nas oitavas, a Seleção atropelou envelhecida geração da Polônia, por 4 a 0. A França, por sua vez, vinha com um desempenho menos impressionante do que poderia se esperar, mas seguia bem cotada. Terminou em segundo na sua chave, atrás da forte União Soviética por causa do saldo de gols. Nas oitavas, contudo, veio a vitória imponente que se esperava, derrubando a então campeã Itália por 2 a 0, com sobras.
No papel, duas grandes equipes. A seleção brasileira sofreu modificações em relação ao Mundial anterior. O meio-campo titular tinha a consistência de Sócrates, Júnior, Alemão e Elzo. Já no ataque, Careca e Müller viviam grande fase no São Paulo, meses antes de também se transferirem ao futebol italiano. Do outro lado, a França de Henri Michel destilava talento principalmente em seu meio, com o quarteto formado por Platini, Tigana, Giresse e Fernandez. Nos demais setores, jogadores consagrados como Bossis, Amoros e Rocheteau. E a qualidade pendia para França, com o zagueiro Júlio César afirmando na véspera, em entrevista à TV Globo, que a “garra venceria a técnica”.
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