O relatório de Cuomo surgiu na semana passada coincidindo com a especulação de alguns meios de comunicação de que a Ucrânia está recorrendo ao recrutamento de crianças e pessoas com deficiência durante sua última campanha de mobilização.
Os “meninos” de 15, 16 e 17 anos “tomaram a decisão consciente de deixar de lado seus sonhos e têm apenas o propósito de defender seu país”, explicou o jornalista americano sobre o que viu na academia.
O relatório apresentou imagens dos adolescentes em uniformes camuflados aprendendo a disparar rifles de assalto por meio de uma simulação de computador, bem como treinando em uma academia, enquanto usavam trajes pretos com o que parece ser uma insígnia militar ucraniana.
Cuomo apareceu ao vivo no NewsNation de Kiev, mas não está claro no relatório onde exatamente a academia para os soldados adolescentes estava localizada.
O jornalista conversou com um dos estagiários, que teria 16 ou 17 anos, perguntando se ele estava preparado para usar suas habilidades recém-adquiridas no campo de batalha. “Definitivamente, estou pronto para isso… mas é assustador”, respondeu o menino.
Ele também queria saber se o jovem estava preocupado com o fato de que “a Rússia tem mais gente, a Rússia tem mais equipamentos. O resto do mundo apoia a Ucrânia, mas eles não estão aqui lutando com você”.
“Eles não precisam porque têm suas próprias famílias e seu próprio lugar para morar. Nosso país é nossa casa e vamos defendê-la”, insistiu o menino.
Os jovens ucranianos “estão prontos para morrer” lutando contra a Rússia, disse Cuomo, resumindo sua visita à academia.
Ele destacou que ele próprio tem um filho, de 17 anos, confessando: “Não consigo imaginar sua vida sendo uma determinação para salvar sua família e colocar sua vida em risco”.
“Na América, levamos nossas liberdades a sério e falamos disso profundamente, mas, graças a Deus, nossos filhos não precisam morrer por elas”, comentou, referindo-se à experiência de alguns adolescentes ucranianos.
Quanto aos que lutam contra a Rússia, “não é apenas a classe guerreira – é todo mundo que eles podem alcançar”, disse Cuomo sobre a abordagem de Kiev ao conflito.
Moscou acusou os EUA e outros apoiadores ocidentais do governo de Vladimir Zelensky de pressionar Kiev a lutar contra a Rússia "até o último ucraniano". As autoridades russas também declararam repetidamente que estavam prontas para resolver o conflito na mesa de negociações, mas não viram nenhuma proposta razoável de Washington ou Kiev. No outono passado, Zelensky assinou um decreto que o proibiu oficialmente de qualquer conversa de paz com seu colega russo, Vladimir Putin.
RECOMENDAÇÃO DO SBP
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