domingo, 5 de fevereiro de 2023

A SUPOSTA FEIJOADA NAZISTA DA IMPRENSA CORPORATIVA, DE FATO, JÁ EXTERMINOU MILHÕES DE VIDAS

A boa sabedoria popular me ensinou que: se tem rabo de porco, focinho de porco, pé de porco, joelho de porco... É porco!!! Mas, se tiver o acompanhamento de feijão preto e uma deliciosa caipirinha para fechar com chave de ouro a comilança... É feijoada!
É verdade!
Em geral, o povo usa essa lógica infalível quando alguém deseja vender-lhe um bichano, quadrupede, peludinho e que faz miau-miau, prometendo que os pés do animal trazem muita sorte e que, surpreendentemente veloz, a única corrida que perdeu foi contra uma tartaruga. Nessa hora, o capiau saca a máxima: Olha! Tem pé de porco, focinho de porco... e recusa o negócio jurando que o bicho é um porco ou... caso, observe outros componentes; uma saborosa feijoada. Não existe suposto nessa história.

NÃO SE TRATA MAIS DE INVESTIGAR SE OS CASOS DE SANTA CATARINA SÃO "SUPOSTAS" MANIFESTAÇÕES NAZISTAS, MAS É URGENTE IR A FUNDO PARA SABER ATÉ QUE PONTO O NAZISMO, TAL QUAL A MILICIA NO RIO DE JANEIRO, JÁ TOMOU CONTA DAS INSTITUIÇÕES DE ESTADO.
A vereadora Maria Tereza Capra (PT), de São Miguel do Oeste foi violentamente perseguida até ter seu mandato cassado, após denunciar o gesto nazista coreografado em protesto bolsonarista, ocorrido em sua cidade.
Ela não é a vitima de um suposto processo nazista. Ela é a prova de que o nazismo está instalado na cidade de São Miguel do Oeste e tem apoio de boa parte daquela sociedade. 
Entretanto, a suposição foi o termo escolhido para permear todas as noticias que relataram o caso na mídia comercial. Talvez muitos não perceberam, outros tantos viram com estranheza, porém, uma parcela mais atenta sabe muito bem a razão de a palavra "suposta" ocupar mais que a posição de um simples adjetivo a clamar por uma duvida e sim, protagonizar pelo que há de mais nefasto nessa historia.

A imprensa Capitalista

A imprensa corporativa, como sempre aliada de qualquer movimento que se interponha a um projeto soberano para o país e voltado para atender as necessidades do povo mais carente, presta sua contribuição relativizando o absoluto, por mais infame e degradante que seja. 

Jornalista pronunciou frases supostamente racistas, pois, não sabia que estava ao vivo.
 Nossa legenda elaborada em homenagem ao assunto.

Nesse contexto,  o termo "suposto" largamente utilizado nas matérias envolvendo o caso dos Nazistas catarinenses, quer-se compreendido como uma distinta providencia tomada na lógica de que; todos são inocentes até prova em contrario. Como se o vocábulo fosse usado propositadamente, dentro de um artigo elaborado sob o império dos mais elevados sentidos de honestidade editorial. Como se todos os produtores de noticias desses veículos fossem mesmo jornalistas que a todo instante estivessem atentos aos desvios, cuidando eticamente de seus conteúdos e assim, quando obrigados a apresentar fatos desta natureza, preocupassem-se em apenas bordear os limites de uma certeza se permitindo estampar não mais que uma suposição, evitando acusar diretamente aquele ainda não julgado com sentença condenatória.
Tudo feito assim buscando o entendimento de que se preza pelas prerrogativas dos cidadãos, como fosse medida de justiça naturalmente observada pela mídia comercial, como se; acima e antes de tudo essas gentes de bem, fossem profissionais que sempre  sustentaram a muralha em defesa  do estado de direito universal no mundo. 

Contudo, este tal "suposto" parte da boca de quem sempre tem todas as certezas quando o julgamento prejudica pobres, negros ou qualquer um que se posicione contrario aos interesses do capital. São operadores de mentiras que alinham suas manchetes para atender sempre a elite financeira do pais, defendendo quem quer que seja o empregado disposto a sujar as mãos de sangue para manter o status quo de exploração do povo brasileiro.

Dessa maneira, surgem os "supostos" mandantes de crimes quando as vitimas são agentes sociais em luta por avanços nos direitos dos trabalhadores ou são protetoras do meio ambiente ou  defensoras de qualquer causa civilizatória que resulte em promover mais cidadania e dignidade para população. Nesses casos, a suposição é a regra. 
Por outro lado, diferentemente dessa incerteza ética, a afirmação positiva é norma quando a morte de dezenas de pessoas ocorre numa batida policial na favela, por exemplo. 
Nessa hora, ao contrário de muitas mortes de trabalhadores no campo, não se permite a suposição, as palavras: chacina, execução, assassinato, são proibidas e resta apenas a certeza de que criminosos morreram em troca de tiros com a honrosa policia. E não raramente vão além  dessa tática de anuviar os fatos com a neblina da dívida e reposicionam os papeis tornando a vitima em réu e o algoz em vitima. Gente! Como pode essa vereadora do Petêêê acusar os ilibados cidadãos de bem da cidade  de São Miguel  Nazista? Que horror!!!

Portanto, não se podia esperar menos do que um calhamaço de "suposições" ao ser impactado pelas noticias da mídia corporativa relativas a cassação da corajosa vereadora, que apenas apresentou uma verdade sobre o crescimento do nazismo no estado de Santa Catarina.
Não tenhamos dúvida de que a palavra "suposta" começou a brotar no texto, antes mesmo de se saber o fato. A relativização na noticia urgiu na qualidade de norma prima inscrita no Manual de ética e boa redação jornalística da mídia comercial. Ora pois que aqui se aplicou a regra sem maiores discussões, na medida em que a vereadora em tela era membra do Partido dos Trabalhadores.   
Dessa maneira uma porção de gente, reconhecidamente pouco esclarecida e que foi levada a acreditar que o holocausto é uma mentira, que milhões de judeus não morreram em câmara de gás...
Que Hitler foi derrubado pelos Iluminatis, enquanto promovia o crescimento da Alemanha e que existe um nazismo bom, de direita, e um nazismo mau, de esquerda...
Essas pessoas, defensoras de um regime militar, como era o estado nazista..., esses militantes em ato contra a democracia e, a moda nazista, cantando o hino nacional de braços erguidos, igual faziam os nazistas em sua reuniões - SUPOSTAMENTE SÃO PORCOS?
Ou melhor, considerando que o porco é alusão mais apropriada ao trato da culinária alemã e para honrar o indiscutível caráter brasileiro da manifestação - SUPOSTAMENTE ESTAMOS DIANTE DE UMA FEIJOADA?  
Como diria o grande filosofo Pai João:
Aí forçou por demais o torniquete! Faz assim não, que dói!

Ora! Não tem nada de suposto, não!
É porco! É feijoada!
É manifestação nazista, sim!


SERÁ QUE É POSSIVEL CONFUNDIR?
PODERIA SER UMA MACARRONADA, TALVEZ?

Embora, o honroso Grupo de Atuação no Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) de São Miguel do Oeste tenha decidido arquivar o procedimento que investigava a suspeita de “saudação nazista” por manifestantes bolsonaristas, ocorrido em 2 de novembro, no acesso ao 14º Regimento de Cavalaria Mecanizado (14º RC/Mec), entendendo que o gesto não foi "intencional". E na mesma linha, a promotoria após investigar minuciosamente a "suspeita" de houve saudação nazista por parte dos bolsonaristas durante o ato na cidade tendo, inclusive, ouvido mais de 10 pessoas, para enfim concluir que NÃO ERA UMA FEIJODA, porque os ingênuos participantes da nazistada não sabiam que o gesto de estender o braço direito poderia ser associado a uma saudação ligada ao nazismo, tais providencias apenas reforçam a necessidade de aprofundar as investigações ampliando o espectro das apurações para abranger as instituições desse estado.

A FEIJOADA NAZISTA JÁ ESTÁ ASSANDO
HÁ MUITO TEMPO EM SANTA CATARINA

 A verdade é que tanto o passado quanto o presente são indicadores bastante ricos de fatos e dados que  corroboram com a maior possibilidade  de que naquela reunião, grande numero de pessoas se manifestou na linha do nazismo. 
Em um excelente estudo produzido pelo professor João Henrique Zanelatto, doutor em história e docente no curso de história, da Universidade do Extremo Sul Catarinense, cujo titulo "O Nazismo e o Integralismo em Santa Catarina", por si já seria significativo para que o olhar sobre aquela manifestação  se intrigasse ao ponto de considerá-la fora normal, jamais apartidária e sem cunho ideológico, um breve recorte do texto, praticamente obrigaria que se cuidasse mais seriamente desta questão no estado.

Quanto à organização e à influência nazista em Santa Catarina, observa-se que mesmo antes da tomada do poder na Alemanha, já na década de 20, eram realizadas as primeiras reuniões do partido na cidade de Blumenau. 
Há na historiografia vários estudos que procuram refletir sobre a influência do Nazismo, em especial entre os imigrantes alemães e seus descendentes do Vale do Itajaí e Norte do estado. (GERTZ: 1987. SEYFERTH: 1991. MAGALHÃES: 1998. LARA RIBAS: 1944. AMORIM: 2000)
Em seus estudos, Gertz (1987) observa que em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul havia entre 400 e 500 filiados ao Partido Nazista em um universo significativo de descendentes e onde estavam em torno de 25.000 imigrantes nascidos na Alemanha. Esses partidários do Nazismo em Santa Catarina “constituíam um distinto grupo social urbano: mantinham ligações diretas com empresas e consulados alemães, dependendo deles para sua sustentação econômica dentro da colônia alemã”

Por que há tantos grupos neonazistas em Santa Catarina?

Caminhando mais para o presente, a reportagem de Edison Veiga, publicada na Deutsche Welle, em 02-11-2020, e apresentada no site do Instituto Humanitas Unisinos procurando responder a questão em destaque traz algumas informações relevantes:
Levantamento indica aumento expressivo de células de extrema-direita no estado. Pesquisadores apontam ligação com supremacismo do “branco herói” europeu, fruto das políticas de embranquecimento do Brasil no século XIX.
O tema neonazismo veio à tona na última semana, com a posse da governadora interina de Santa Catarina, Daniela Reinehr. Seu pai, o professor aposentado Altair Reinehr, é conhecido no estado por suas posturas negacionistas em relação ao Holocausto — ele foi colaborador de uma editora que sistematicamente publicava obras negando crimes da Alemanha nazista.


DE GERAÇÂO EM GERAÇÃO: 
A IDEOLOGIA NAZISTA SOBREVIVE ENTRE OS CATARINENSES


Provas apreendidas em São Miguel do Oeste
Em Outubro de 2022 uma denúncia da 40ª Promotoria de Santa Caarina foi aceita pela justiça sobre um grupo descoberto em decorrência de operação contra o tráfico de drogas em São Miguel do Oeste.
A partir disso, a investigação chegou aos possíveis integrantes da célula nazista que atuavam nas cidades de São Miguel do Oeste, Joinville, Florianópolis e São José. Nesse mesmo período, o MPSC já denunciara outra célula nazista com atuação em São Pedro de Alcântara, na Grande Florianópolis.

Três dos homens que foram presos pela Polícia Civil, constituíam uma célula neonazista na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Um deles com 20 anos, era estudante do curso de graduação em Letras, outro de mesma idade, graduava no curso de Direito e o terceiro, de 21 anos, estudava no curso de Engenharia Automotiva.

RECOMENDAÇÃO DO SBP

2 comentários:

  1. Supostamente temos 58 milhões de extremistas de direita quantificados e identificáveis na Pátria Amada.Durma com um barulho desse !

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  2. Tem saudacão nazista maa é cidadão de bem. Sei...

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