Um grupo internacional de pesquisadores usou um software especial para reencenar o tsunami gigante que se acredita ter varrido os dinossauros da face da Terra dezenas de milhões de anos atrás. O dilúvio induzido por asteroides viu ondas de quilômetros de altura inundarem o planeta, dizem os cientistas.
Na segunda-feira, a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA) postou um trecho da simulação de computador no Twitter.
O evento natural devastador, que se diz ter sido 30.000 vezes mais poderoso do que qualquer tsunami registrado, foi desencadeado quando um asteróide maciço atingiu onde a Península de Yucatán, no México, está situada atualmente, de acordo com as estimativas dos cientistas. Acredita-se que o corpo celeste tenha mais de 10 km (6 milhas) de diâmetro.
O asteróide deixou uma marca profunda onde pousou, que agora é conhecida como a cratera Chicxulub. A colisão provocou ondas de até 4,5 km (2,5 milhas) que se espalharam pelo mundo, como demonstrado pelo novo modelo.
O choque coincide com o evento de extinção do Cretáceo-Paleogeno, que viu 75% de toda a flora e fauna da Terra na época, incluindo todos os dinossauros não alados, perecerem devido à devastação maciça e às mudanças climáticas que se seguiram.
A simulação computacional é fruto do trabalho conjunto de pesquisadores de vários países, incluindo o Pacific Marine Environmental Lab, da NOAA, e o Geophysical Fluid Dynamics Lab, dos Estados Unidos.
Os cientistas combinaram modelagem numérica e análise de registros geológicos para criar o que eles descrevem como a “primeira simulação global do tsunami de impacto do asteróide Chicxulub”.
Um poderoso programa de computador que modela detalhes de fluxos de fluidos complexos, chamado hidrocódigo, recriou os primeiros 10 minutos da geração do tsunami, enquanto outros dois modelos desenvolvidos pela NOAA simularam padrões, segundo os quais as ondas se espalharam pelo globo. Os pesquisadores também analisaram registros geológicos de mais de 100 locais em todo o mundo para fazer backup de suas estimativas.
Segundo a equipe, o estudo pode ser de uso prático, pois pode ajudar a “avaliar e quantificar o risco de futuros grandes impactos de asteroides”. Além disso, o modelo pode ajudar a prever impactos de tsunamis de menor escala que ocorrem regularmente hoje em dia.
RECOMENDAÇÃO DO SBP
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