Depois de feitas todas as chamadas, caso ainda sobrem vagas, os médicos cubanos da cooperação internacional são convocados, dentro de um acordo internacional feito entre Brasil e a Opas (Organização Pan-Americana da Saúde).
Até o fim de 2014, após seguida essa ordem de preferência, dos 14.462 médicos contratados, a maioria acabou sendo formada por médicos cooperados: 11.429 profissionais. Outros 1.187 eram brasileiros ou estrangeiros formados no exterior. E 1.846 eram médicos que haviam cursado Medicina no Brasil.
Já em 2015, a realidade mudou: no primeiro chamamento deste ano, com a expansão do programa, os médicos formados no Brasil ou com diploma revalidado e os brasileiros graduados no exterior preencheram todas as 4.139 vagas ofertadas em 1.289 municípios e 12 distritos indígenas. Com a inclusão dos novos municípios, o programa conta com 18.240 médicos em 4.058 municípios e 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI), levando assistência para cerca de 63 milhões de pessoas.
O secretário de Atenção Básica do Ministério da Saúde, Nesio Fernandes, disse que o programa Mais Médicos, cancelado durante o governo de Jair Bolsonaro, será retomado.
“A pauta para a retomada do Mais Médicos é imediata. Queremos colocar médicos em todos os municípios brasileiros em um curto espaço de tempo”, disse Fernandes, citado pela imprensa local.
A prioridade – explicou – será a contratação de brasileiros, com registro nos conselhos regionais e oferta de vagas para nacionais formados no exterior. Posteriormente, outros cargos serão preenchidos por médicos estrangeiros.
O programa Mais Médicos foi criado em 2013 pelo governo Dilma Rouseff. Seu objetivo era aumentar o número de profissionais de saúde, principalmente em cidades do interior.
Cuba anunciou sua saída do programa (que incluía médicos de outros países) em 14 de novembro de 2018 devido às condições e declarações depreciativas de Bolsonaro sobre o pessoal cubano.
Em 2019, o presidente substituiu Mais Médicos por Médicos para o Brasil.
No entanto, segundo Fernandes, grande parte das vagas deixadas pelos médicos cubanos "não foram preenchidas".
RECOMENDAÇÃO DO SBP
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