segunda-feira, 2 de novembro de 2020

PARA ALÉM DA HIPOCRISIA - A REALIDADE BRASILEIRA NÃO ESTA BEM! NADA ESTÁ BEM!


Devemos ser radicais contra o discurso dos hipócritas. Não! Nada está bem! Não devemos aceitar recortes para amenizar a situação. O único recorte que existe é o recorte de classe. Sim! Existe nós e eles... Nós somos os pobres e eles são os ricos! Não! Nada está bem!
Devemos sim polarizar. Devemos ser partidários e tão ideológicos como são os hipócritas. Não! Nada está bem! Quem quiser relativizar a situação do Brasil é hipócrita! Não! Nada está bem!

Assistindo ao Jornal da Cultura, ainda outro dia testemunhei uma analise feita pelo grande filosofo contemporâneo Felipe Pondé. Ele brindou a patuleia com uma profunda reflexão a respeito do elevado desemprego que assola o País.

Pondé é mais um personagem que compõe a fauna da pseudo intelectualidade brasileira em tempos de Bozzolandia. Embora seja de fato formado em filosofia, o medíocre acadêmico filosofal Pondé encontrou como unica maneira de ganhar algum destaque - fora da academia - posicionar-se como a voz pensante em defesa das ignorantes concepções de direita.
Esse posto exige do professor constantes malabarismos de retórica com invencionices e rearranjos de realidades para criar um mundo que suporte suas conclusões, Mais que tudo, vagar com desenvoltura por esse labirinto do pensamento, exige o nexo aditivado com altas doses de hipocrisia. Um quesito que Pondé já detém em sua natureza. Ele é um hipócrita.

Claro, no caso especifico de seu comentário na tv cultura, nada foi diferente.
Embora aliterando, o fato é que Pondé ponderou sobre o lado positivo do desemprego no Brasil. A persistente falta de colocação se tornou um prodigioso fenômeno de incentivo para o desenvolvimento do País. O desemprego tem cobrado dos famélicos a maximização da criatividade como forma de sobrevivência. Assim sendo, precarizar o mercado de trabalho mostra-se como um poderoso artificio capitalista que tem feito emergir das profundezas da miséria, uma casta de empreendedores. 

Então, a condição de desempregado, que em geral é compreendida como desesperadora, tem em sua face Ponderática, a virtude de produzir um exercito de homens e mulheres de bem que, atualmente, impera no mercado dos produtores de bolinho de chuva, da catação de material reciclável e da entrega de coisas a domicilio. Nessa lista, o Cristiano Pondé, por certo, não incluirá a prostituição, nem mesmo a infantil, socialmente abjetas até para a sua moral. 
Bem. Não obstante, os aspectos mais ligados a moralidade do filosofo, o que se tem é que este tipo de discurso - que deveria ser infame - não é novidade no esgoto humano, que é a mídia atual. A placidez nos meios de comunicação em torno destes argumentos assistimos todos os dias repercutida em uníssono pelos mais diversos porta-vozes do status quo. É tática de retorica para convencer o povão de que as oportunidades estão pululando nessa economia falida e se não aproveitadas a culpa é toda do individuo, incompetente ou preguiçoso, certamente.

Aliás, esse tipo de aberração no discurso da direita vem de longe. Lembro das matérias que procuravam mostrar o lado positivo do apagão nos tempos de FHC. Um tempo glorioso, sempre comemorado por Pondé. 

A falta de investimento promovera um colapso no setor enérgico e o povo brasileiro foi chamado para pagar a conta das empresas que, por contrato de privatização, estavam proibidas de ter prejuízos.

A conta de luz subiu avassaladoramente deixando um grande numero de domicílios sem condições de consumir a caríssima eletricidade. E essa condição precária era apontada pela mídia como a bem aventurada situação que permitia a população aprender como melhor economizar energia. Pondératicamente, idem para a falta de água, durante o governo paulista de Alckmin.

Voltando para os tempos atuais, o discurso hipócrita também faz muito sucesso nas palestras de Ciro Gomes. O homem de Paris costuma criticar a expansão do consumo no Brasil. Para ele, houve um tempo de criminosas compras de panelas, fogões de quatro bocas, geladeiras e iogurtes. Esse foi um pecado sem igual dos governos do Petê. Permitir ao povo ter em casa aquilo que Ciro já nasceu tendo. Ou seja, no caso de sua casta, possuir o que possui não é consumismo, é dom divino, evento da natureza e, portanto, não desequilibra a economia, como acontece quando os miseráveis comem. Sendo assim, o mal não esta na concentração de renda, pelo contrario, ela é o esteio de uma economia saudável, pois, quando desconcentrada gera o "consumismo". 
Em conclusão lógica, a despeito das crises cíclicas do capitalismo, crise hídrica e golpes contra a democracia, este consumismo pobreta, é o fator que realmente levou ao colapso a quinta economia do planeta terra, mesmo que em sua realidade estivesse se desenvolvendo com pleno emprego e 300 bilhões em reservas internacionais.
Nessa perspectiva, o homem de Paris nos enche de esperanças, já que o Brasil, agora como nona economia, volta para o mapa da fome. Ademais, promissoramente, vemos a renda media dos assalariados diminuída sensivelmente, a concentração de riqueza crescente, garantindo que os índices de consumo sigam de vento em polpa para atingirem o bom patamar de 20 milhões de consumidores ou menos nesta nação de mais de 200 milhões de habitantes. 
Esta sim são as condições ideais para o combate ao nefasto consumismo promovido pela parcela que esta longe de aproveitar os bons ares da França.

Como se vê o olhar positivo sobre a realidade brasileira atual tende a hipocrisia. É manifestação que nada tem de honesta e sempre voltada para atender aos mais mesquinhos interesses, quer sejam individuais ou coletivos - de classe. São elucubrações que tomam por premissa a conclusão, conduzindo o argumento, pseudo racional e abalizado, para qualquer lugar, desde que satisfaça a vontade do inventor. Porque isso, ainda que emabalado em papel de documento serio é só invencionice mesmo.
Outro ponto a destacar é que. por mais estapafúrdio, o discurso dos hipócritas é democrático. É analise desobrigada de provas, sem a necessidade de que os argumentos concatenem causa e efeito. Um verdadeiro sermão religioso do qual nada mais se exige, além do crédito que se deposita no orador.
Então, é dialógica essencialmente democrática, visto que as facilidades para construir tais postulados, permite que qualquer pessoa seja capaz de figurar dentre os pensadores da Pátria Bozzolônica. 

Para tanto, basta apenas conseguir a repercussão desses discursos pela nossa mídia, que longe de qualquer interesse social, é um cartel de bilionários que ganha cada vez mais, na mesma medida de aumentar a fé dos brasileiros no Paraíso do desemprego.

Nesse sentido se estabelece a relação virtuosa entre a mídia e os hipócritas. A reunião que alimenta a crença do povo não somente no presente, escravizado, tendo a chibata como o ideal instrumento de estimulo, que leva e renova o animo no corpo, como também no maravilhoso futuro, embora sendo aquele prometido para o gado, quando entra num matadouro.

Devemos ser radicais contra o discurso dos hipócritas. Não! Nada está bem! Não devemos aceitar recortes para amenizar a situação. O único recorte que existe é o recorte de classe. Sim! Existe nós e eles... Nós somos os pobres e eles são os ricos! Não! Nada está bem! Devemos sim polarizar. Devemos ser partidários e tão ideológicos como são os hipócritas. Não! Nada está bem! Quem quiser relativizar a situação do Brasil é hipócrita! Não! Nada está bem!
Flores nos Fuzis
O poema aborda a luta que se trava atualmente contra as mais nefastas praticas próprias da doutrina fascista que alastra pelo mundo. A proposta é que a resistência mais do que vitórias em batalhas é o que deve mover o intimo revolucionário de quem esta nessa trincheira.

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