quarta-feira, 18 de novembro de 2020

MARCHA DA CONSCIÊNCIA NEGRA. PARTICIPE!

 

MANIFESTO DA XVII MARCHA DA CONSCIÊNCIA NEGRA DE SÃO PAULO
A pandemia de COVID-19 desnudou o que os movimentos sociais, em especial o movimento negro, vem denunciando há décadas: a desigualdade social, racismo e machismo matam todos os dias em nosso país. É por isto que voltamos em mais esse 20 de novembro para as ruas por que durante todo esse ano nós não tivemos direito a quarentena e continuamos a avolumar os números de morte por COVID-19 e de morte violenta em nossas cidades segundos dados recentes. Bolsonaro, Dória e Covas apenas seguem seu projeto genocida de sociedade e nós resistimos!
Mesmo com tantas adversidades, tivemos conquistas importantes na cidade de São Paulo. O “Memorial dos Aflitos” no bairro da Liberdade é símbolo destas conquistas e da defesa por décadas que o conjunto do movimento negro tem feito sobre o resgate e divulgação da nossa história, memória e símbolos.
VIDAS NEGRAS IMPORTAM
2020 presenciamos grandes atos antirracistas no mundo inteiro. Os atos deflagrados nos Estados Unidos a partir dos assassinatos de George Floyd e Breonna Taylor demonstraram a crueza da violência racial e policial em diversos países, no Brasil a nossa juventude foi as ruas em meio a pandemia pra denunciar que o Estado continuava a adentrar nossas casas para executar a juventude negra. Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, houve aumento de vítimas de intervenções policiais e 8 de 10 destas vítimas são negros.
Em levantamento realizado pelo site G1 verificamos o que já sabíamos: o aumento dos casos de violência e feminicídio no período da pandemia. 75% das mulheres assassinadas no 1º semestre de 2020 no Brasil foram mulheres negras. Mesmo assim, os equipamentos públicos e programas de combate a violência contra mulher seguem sendo sucateados colocando as nossas vidas ainda mais em risco.
SALVAR VIDAS E GARANTIR DIREITOS
Os números, estudos e análises produzidos recentemente comprovam que no Brasil os principais afetados pela pandemia e suas consequências políticas e econômicas será a população negra, 54% da população brasileira. As mulheres negras chegam a receber 63% do salário de homens brancos e o retrocesso, a destruição e retirada de direitos, de ataques as liberdades e a democracia apenas nos jogam cada vez mais à margem da sociedade e não nos garantindo a possibilidade de ter uma vida digna, com direitos garantidos.
Nessa marcha vamos continuar lutando e protegendo nossas vidas e exigindo nossos direitos. Estamos na luta cotidiana na defesa do Sistema único de Saúde (SUS) de qualidade, público e gratuito, pois quem mais depende da saúde pública nesse país é a população negra. Não dá para ser antirracista e não defender o SUS. Também queremos a revogação do Sampaprev e defendemos a política de cotas raciais nos concursos públicos municipais, exigimos uma política de trabalho e emprego da população negra para poder tirar o povo negro da marginalização social, com direitos trabalhistas e sociais garantidos, além da defesa de criação de uma Renda Básica de Cidadania regular.
FORA BOLSONARO, DÓRIA E COVAS
Para nós do movimento negro é cada vez nítido que não é possível construir um Brasil que pense a maioria da nossa população enquanto Bolsonaro governar. O descaso diante da morte de mais de 150 mil pessoas, causada pelo Coronavírus e da implementação de um projeto ultraneoliberal e racista responsável pelo aumento do desemprego, da fome e da violência contra as nossas vidas demonstram isso cotidianamente.
Em São Paulo, a dobrada BolsoDória, além da defesa conjunta do Estado mínimo, tem reflexos com o aumento de assassinatos de jovens negros por parte do aparato policial nas periferias, a não existência de uma política estadual de auxílio emergencial durante a pandemia e um descaso cotidiano com a educação e saúde da nossa população. O PL 529 foi um brutal ataque promovido por Dória no estado de São Paulo contra os servidores públicos, mas contra a população negra. Com a aprovação desse projeto de lei se extinguiu a Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo "José Gomes da Silva" (Itesp), responsável por executar as políticas agrárias e fundiárias do estado. Mais de 1,4 mil famílias quilombolas eram atendidas pelo órgão. Também foram extintas a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano de São Paulo (CDHU) e a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo S. A. (EMTU/SP) que atendiam diretamente a política de moradia e transporte que atinge mais diretamente a nossa população negra e periférica.

VIDAS NEGRAS IMPORTAM! SALVAR VIDAS IMPORTAM!
FORA BOLSONARO, DÓRIA E COVAS!
Coordenação da XVII Marcha da Consciência Negra de São Paulo

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