O Artigo 4 é um mecanismo invocado nos casos em que um membro da OTAN se sente ameaçado, o que requer consultas com os outros 29 estados membros e uma decisão consensual sobre como proceder. É diferente do artigo 5º, que obriga o bloco a defender um membro agredido de fora.
O porta-voz do governo polonês, Piotr Mueller, pediu ao público e à mídia que "não publiquem informações não confirmadas" e disse que não responderia a mais perguntas sobre o incidente até novo aviso.
O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, disse que os 30 membros do bloco estavam “consultando” sobre o incidente na Polônia e que todos os fatos precisavam ser estabelecidos.
Os meios de comunicação locais informaram que dois civis morreram em Przewodow, na província polonesa de Lublin, do outro lado da fronteira com a Ucrânia. Fotos e vídeos da vila, publicados pela mídia polonesa, pretendem mostrar fragmentos de mísseis sem marcas. Vários meios de comunicação os identificaram como fragmentos de um míssil de defesa aérea S-300, em serviço com os militares ucranianos, mas isso ainda não foi confirmado oficialmente.
Enquanto a AP informou que os mísseis eram “russos”, citando um oficial de inteligência dos EUA não identificado, o Pentágono disse que não tinha informações para corroborar essa afirmação. Varsóvia também se absteve de culpar Moscou.
Isso não impediu o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, de fazê-lo, no entanto. Ele alegou que o incidente de Przewodow foi um ataque de míssil russo contra o território da OTAN e um ataque à “segurança coletiva”, instando o bloco a agir contra o estado “terrorista”.
O porta-voz do governo da Polônia, Piotr Muller, não confirmou imediatamente a informação, mas disse que altos funcionários estavam realizando uma reunião de emergência do conselho de segurança nacional e do gabinete do país devido a uma "situação de crise", convocada pelo primeiro-ministro da Polônia, Mateusz Morawiecki.
O Ministério da Defesa da Rússia disse em um comunicado que os fragmentos de mísseis mostrados pela mídia polonesa "não tinham nada a ver com armas russas". Nenhum ataque com mísseis foi realizado contra alvos perto da fronteira polonesa-ucraniana, e quaisquer relatórios dizendo o contrário foram "uma provocação deliberada para agravar a situação", acrescentou Moscou.
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