sábado, 13 de agosto de 2022

OMS propõe renomear o vírus da varíola dos macacos


A OMS pediu ajuda pública para renomear o vírus da varíola dos macacos de uma maneira que não implique qualquer conotação depreciativa ou racista.

“A OMS está realizando uma consulta aberta para um novo nome de doença para a varíola dos macacos”, disse a agência em comunicado na sexta-feira, 12 de agosto de 2022, convidando as pessoas a enviar suas ideias por meio de um portal online.


Enquanto isso, a organização anunciou que especialistas globais concordaram em novos títulos para variantes do vírus da varíola dos macacos – chamados clados – para alinhá-los com as “melhores práticas atuais”, em particular usando algarismos romanos em vez de regiões.

As variantes de vírus devem ser nomeadas de tal forma que evite “causar ofensa a qualquer grupo cultural, social, nacional, regional, profissional ou étnico” e reduza ao mínimo os danos que podem ser infligidos a humanos e animais, explicou a OMS. .

A agência disse que renomeou variantes do vírus da varíola dos macacos e que o clado da Bacia do Congo, na África central, passará a ser chamado de Clado um (I) e o antigo clado da África Ocidental será referido como Clado dois (II).


O anúncio da OMS ocorre depois que o chefe de saúde da cidade de Nova York, Ashwin Vasan, instou no final de julho o órgão de vigilância global da saúde a acelerar a renomeação da varíola dos macacos, dizendo que o termo carrega “efeitos potencialmente devastadores e estigmatizantes em comunidades vulneráveis”.

O estado de Nova York se tornou um foco do vírus, com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) relatando 2.295 casos na área.

No início deste mês, o surto de varíola foi declarado uma emergência de saúde pública nos EUA, com o secretário de Saúde Xavier Becerra instando “todos os americanos a levar a varíola a sério”. No sábado, o CDC registrou mais de 11.000 casos nos EUA.  O Brasil tem 2.458 casos confirmados até agora. Com 1.748 casos, São Paulo é a unidade da federação com mais infectados pela doença.


Outro motivo que os especialistas da OMS avaliam para mudar o nome da doença é para evitar que mais sejam animais vítimas da crueldade humana. Em São José do Rio Preto, interior de São Paulo, quatro macacos-prego já foram resgatados com sinais de intoxicação nos últimos dias. Um deles era filhote, encontrado morto no local, na Mata dos Macacos. Outros quatro animais da espécie saguis-de-tufos-pretos também foram resgatados após intoxicação, no Parque Ecológico Sul. Nenhum deles resistiu.


A suspeita é a de que eles tenham sido envenenados após a divulgação de casos positivos da varíola dos macacos na cidade. Os ataques, que também estão sendo registrados em outros países.

Monkeypox, que é endêmica em partes da África Ocidental e Central, é semelhante à varíola humana, uma doença erradicada em 1980. Seus sintomas iniciais incluem febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, linfonodos inchados, calafrios e exaustão, enquanto aqueles afligidos eventualmente desenvolver lesões cutâneas distintas. O último surto começou em maio entre as comunidades gays em vários países europeus.

O esforço para renomear a varíola dos macacos não representa uma nova prática para a OMS. Em 2021, a agência anunciou um novo sistema de nomenclatura para variantes do Covid-19 que buscava usar letras gregas em vez dos nomes dos países onde as várias cepas foram detectadas pela primeira vez.

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