Coordenada por Mark Bush, do Instituto de Tecnologia da Flórida, Estados Unidos, uma equipe internacional examinou camadas de pólen de 39 lagos amazônicos no Equador, Peru, Bolívia e Brasil para entender como a expansão ou a redução populacional poderia ter influenciado a vegetação da região nos últimos 2 mil anos.
Mark Bush |
“Reportamos a abundância total de espécies florestais ao longo do tempo em diferentes regiões. Quando a porcentagem de floresta em relação ao período anterior aumenta, a interpretação é de que a floresta estaria crescendo ou em recuperação; se diminui, interpretamos como abertura dessa floresta”, comentou a bióloga brasileira que participou do estudo Majoi Nascimento, pesquisadora em estágio de pós-doutorado na Universidade de Amsterdã, a Pesquisa FAPESP. “Como a proporção de regiões com ganho florestal entre os anos 750 e 950 é grande, concluímos que houve diminuição das populações humanas que antes usavam essas regiões para subsistência.”
A maioria (80%) dos lugares examinados continha sinais de desmatamento, queima da vegetação ou de cultivo agrícola coerentes com a ocupação antes da chegada dos europeus, principalmente entre os anos 350 e 750, enquanto o crescimento da vegetação nativa, indicando decréscimo populacional, predominou entre os anos 750 e 1550.
Íntegra do texto publicado em versão reduzida na edição impressa, representada no pdf.
RECOMENDAÇÃO DO SBP
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