segunda-feira, 28 de junho de 2021

GRUPO DE MILITARES PREGA POR NÃO RECONHECIMENTO DO RESULTADO ELEITORAL NO PERÚ

 

Ministério Público investiga ex-militares por rebelião e sedição

O Ministério Público abriu investigação com umo grupo de militares aposentados que, nos últimos dias, têm chamado para ignorar os resultados do segundo turno presidencial. O ex-militar questionou o processo eleitoral, onde o candidato Pedro Castillo foi o vencedor, alegando uma suposta fraude.

Em 21 de junho, o promotor Víctor Salvatierra Valdivia decidiu abrir um inquérito por rebelião e sedição contra o grupo de militares que, por meio de comunicados, tenta tornar desconhecida a vitória do candidato Castillo. O processo, conforme lido no documento da EL FOCO, terá a duração de trinta dias.

Entre os primeiros mencionados estão o General (r) Francisco Morales Bermudez Cerrutti, o Vice-Almirante (r) Julio Pacheco Concha e o Tenente General FAP (r) José Nada Payva. O promotor Salvatierra também notificou o advogado do Ministério da Defesa para fornecer sua declaração.

O Ministério Público também contemplou procedimentos policiais contra os investigados, os quais incluem, entre outros, o uso de "meios eletrônicos e tecnológicos que permitem economizar tempo (ligações, notificações eletrônicas, exortações, tomadas fotográficas, filmagens, etc.) "

O Ministério Público ordena a instauração de um procedimento preliminar contra os militares aposentados.

O início da investigação contra os ex-militares deve-se a denúncia do cidadão Ciro Silva Paredes, que sustenta que “o pronunciamento do ex-alto comando das Forças Armadas pretende pressionar as autoridades eleitorais e direcionar as resoluções contra o disposto no o Júri Nacional de Eleições (JNE) e o Escritório Nacional de Processos Eleitorais (ONPE) ”.



Silva Paredes é visitante regular das reuniões sindicais de reservistas e militantes do Peru Libre. Nas últimas semanas, ele apareceu em manifestações a favor de Pedro Castillo. Até no Facebook, ele se gaba de estar próximo da candidata à primeira vice-presidência do partido do lápis, Dina Boluarte.


Ciro Silva Paredes, que denunciou os militares aposentados juntamente com Dina Boluarte. (Foto: Facebook)
Apesar da investigação do Ministério Público, os comunicados dos ex-militares solicitando a intervenção do Ministério Público no processo eleitoral não foram interrompidos. Ontem, sexta-feira, 25, os militares reformados emitiram novo comunicado no mesmo sentido, apoiando a posição assumida pelo Procurador Supremo Luís Arce quando este declinou do cargo para o Plenário do Júri

Eleitoral Nacional
Click aqui para ler o documento na íntegra

“Reiteramos nossos recentes pronunciamentos de 27 de maio e 14 de junho onde alertamos sobre as graves situações e questionamentos que vinham ocorrendo e sobre a necessária condução de um processo eleitoral justo e transparente”, diz o documento do ex-militar.

RECOMENDAÇÃO SBP

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