O BRASIL SEGUE VITIMA DE UM GENOCIDA NO PODER
Falta de estratégia nacional pode prejudicar vacinação no Brasil
Por Maria Carolina Santos
Na semana passada o Ministério da Saúde apresentou um incompleto plano de vacinação contra a Covid-19. De acordo com ele, a vacinação aqui começaria somente em março de 2021 e apenas com a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a farmacêutica AstraZeneca. Vacinas adiantadas como as da Pfizer e a da Sinovac, desenvolvida com apoio do Instituto Butantan, ficaram de fora.
O plano foi bastante criticado. E agora o Ministério da Saúde afirma que está em negociação para a compra de 70 milhões de doses com a Pfizer. O acordo pode ser fechado ainda nesta semana, mas o governo não informou em que mês de 2021 todas as doses estariam disponíveis, nem quanto irão custar. Todas as vacinas até agora são de duas doses por pessoa.
Para a médica e pesquisadora do Instituto Sabin de Vacinas Denise Garrett, que trabalhou mais de de 20 anos no Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA, um país do tamanho do Brasil deve investir em vários tipos de vacinas. “É realmente lamentável o que está acontecendo. O Brasil deveria correr atrás de acordos. Não existe isso de que o Brasil não tem infraestrutura. O Brasil é um país de recursos. A vacina da Moderna é para ficar armazenada em -20 graus, não é nenhum absurdo. A da Pfizer é -70 graus. Pode não funcionar para o interior do Amazonas, mas é possível em muitas capitais”, diz.
O tema mais polêmico é a não inclusão da vacina da Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, rechaçada pelo presidente Bolsonaro e apoiadores como a “vacina chinesa”. Pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no Instituto Aggeu Magalhães Rafael Dhalia questiona se os critérios são políticos ou científicos. “Das 26 vacinas oferecidas pelo Programa Nacional de Imunização (PNI) mais da metade são produzidas pela Fiocruz e o Instituto Butantan. São duas instituições centenárias e bastante respeitadas. Não há motivos para considerar apenas uma delas como fornecedora”, diz Dhalia, lembrando que tanto a vacina da Sinovac quanto a de Oxford ainda precisam passar pelo processo de aprovação pelas agências reguladoras.
Vacina cubana complementará estudos no exterior
Os estudos de eficácia dos candidatos cubanos Sovereign 01 e 02 contra COVID-19 podem ser complementados com estudos a serem realizados no exterior, disseram os líderes do projeto do Finlay Vaccine Institute (IFV)
Os estudos de eficácia dos candidatos Cuban Sovereign 01 e 02 contra COVID-19 podem ser complementados com estudos a serem realizados no exterior, disseram os líderes do projeto do Finlay Vaccine Institute (IFV).
Em declarações exclusivas à Prensa Latina, o diretor do IFV, Doutor em Ciências Vicente Vérez, disse que está prevista a continuação para a Fase II dos estudos clínicos, inicialmente com uma das fórmulas do Sovereign 02.
A seguir, será realizada a Fase III para avaliar a eficácia da vacina anti-COVID-19 em Cuba e no exterior, afirmou.
Referindo-se à primeira vacina candidata contra COVID-19, a Soberana 01, ele especificou que deve concluir seu ensaio clínico de Fase I antes do final de 2020.
Após essa etapa, será definido qual de suas cinco formulações será aprovada para avançar mais rapidamente para a Fase II, a partir de janeiro de 2021, disse Vérez.
No caso do Soberana 02, explica o cientista, os tempos de decisão são menores. Neste momento, é feita a avaliação de 14 dias após a primeira dose ser inoculada, e esperamos que o órgão regulador autorize o início da Fase II, ainda antes do final do ano.
A este respeito, o subdiretor do referido instituto, Lic. Yury Valdés Balbín, indicou que, uma vez iniciada a Fase II, para a qual já foi feito o pedido de autorização ao Centro de Controle Estatal de Medicamentos, Equipamentos e Dispositivos Médicos, a Fase III.
Como os testes requerem cenários diferentes em termos de formas de contágio e cargas de exposição ao vírus, já estão desenhando como fazê-los em Cuba, apesar da baixa incidência. A estratégia também prevê um ensaio de eficácia em outros países com alta incidência da doença
Fonte: Prensa Latina
O Registro Público de Ensaios Clínicos de Cuba acaba de publicar neste domingo um estudo de uma nova vacina contra a Covid-19, oficialmente chamada de “FINLAY-FR-1A”. É a segunda vacina candidata do país na luta global contra a pandemia, dois meses depois do anúncio da vacina “Soberana”.
No momento, as informações são bastante preliminares e o novo ensaio clínico visa “avaliar a segurança, a reatogenicidade e explorar a imunogenicidade de diferentes formulações dos Candidatos à Vacina Profilática contra SARS-CoV-2, FINLAY-FR-1 e FINLAY. -FR-1A “.
Mais uma vez, o Finlay Vaccine Institute de Havana é a instituição que registra essa nova vacina candidata, com o anúncio de um estudo de fase I (avaliação da segurança da formulação). Segundo as informações publicadas no site do Registro Cubano de Ensaios Clínicos, esta fase I do estudo será realizada entre 19 de outubro e 9 de novembro, na qual participarão três grupos.
Um deles receberia o anunciado SOVEREIGN 01, em altas doses, em duas ocasiões com 28 dias de intervalo; enquanto a nova vacina candidata seria aplicada em dois outros grupos que a receberão, respectivamente em altas e baixas doses, com intervalo de 28 dias no caso do primeiro, e uma terceira aplicação no dia 56 do último grupo.
A administração da nova vacina candidata experimental deve ser “segura, admitindo não mais do que 5 por cento dos indivíduos com eventos adversos graves (EAGs) com uma relação causal consistente com a vacinação”, de acordo com o anúncio.
Esta seria a segunda vacina candidata de Cuba na luta global contra a Covid-19. O primeiro, SOBERANA 01, foi apresentado em agosto passado e está nas fases I e II de ensaios clínicos com pouco mais de 700 voluntários, processo que passou sem eventos adversos.
No dia 15 de outubro, o site da Organização Mundial da Saúde (OMS), que acompanha a corrida mundial por vacinas, registrou 42 vacinas candidatas, entre elas a SOBERANA 01, a única de um país da América Latina e Caribe.
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