quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

CLARISSE CEM ANOS - A ESCRITORA MAIS TRADUZIDA DO MUNDO E UM PRESIDENTE BABACA

No centenário de Clarice Lispector, com mais de 177 mil brasileiros mortos por covid, o palhaço que atualmente ocupa a principal cadeira no governo federal e sua digníssima - 89 mil - fazem cerimônia no Palácio do Planalto para inaugurar a exposição de roupas que a madame usou na posse presidencial, em janeiro de 2019. Clarisse Lispector certamente não é conhecida pelos ignorantes desse desgoverno, portanto, assim como não reconhecem a pandemia que tem levado vidas aos montes, também não poderíamos mesmo esperar qualquer lembrança sobre esse grande nome da literatura brasileira. O BRASIL NÃO MERECE ISSO... Mas, vamos falar do que interessa, afinal:
A IGNORÃNCIA VAI PASSAR, CLARICE PASSARINHO!
Em 10/12/2020, Clarice Lispector completaria seu centenário, e em sua homenagem, a TV Cultura preparou este programa especial para trazer à luz a memória da escritora. Apresentado por Adriana Couto, a atração traz uma entrevista exclusiva com o biógrafo de Clarice, o professor e pesquisador norte-americano Benjamim Moser. Além disso, a produção resgata a última entrevista concedida pela escritora, guiada pelo repórter Julio Lerner, em 1977, no Panorama. Na conversa com Lerner, ela revela traços importantes de sua personalidade, que ajudam a compreender quem era aquela mulher, nascida na Ucrânia, mas que se dizia "brasileira e pernambucana".

No ano de seu centenário, Clarice Lispector é a escritora brasileira mais traduzida no mundo

André Bernardo do Rio de Janeiro para BBC News Brasil

Clarice detestou Près Du Coeur Sauvage, a malsucedida tradução em francês de Perto do Coração Selvagem. Chamou a versão de Denise-Teresa Moutonnier de "escandalosamente má"
A primeira tradução, reza a lenda, um escritor nunca esquece. Se for "escandalosamente má", então, pior ainda. Foi o que aconteceu em 1954 quando Clarice Lispector (1920-1977) teve seu romance de estreia, 'Perto do Coração Selvagem' (1943), traduzido para o francês.
Desapontada com o trabalho de Denise-Teresa Moutonnier, Clarice chegou a escrever uma carta para as irmãs, em 10 de maio, relatando os motivos de seu descontentamento: em um trecho do livro, a tradutora trocou "porcaria" por "excremento" e, em outro, "olheiras negras" por "óculos escuros".
Mais adiante, confundiu o substantivo "chamas", sinônimo de labaredas, pelo verbo "chamar". Foram, ao todo, quase 30 erros.

Clarice já estava decidida a dar o caso por encerrado quando foi convencida por Érico Veríssimo (1905-1975) a escrever uma carta ao editor, Pierre de Lescure, manifestando sua insatisfação.

Em resposta, o dono da editora Plon explicou, no dia 13 de junho, que, antes de ser publicado, o livro fora enviado à autora, para ela dar seu aval. Perplexa, Clarice respondeu, em 20 de junho, que não recebera carta nenhuma, tampouco o texto traduzido.


Vida e Obra de Clarice Lispector

Daniela Diana
Daniela Diana: Professora licenciada em Letras no Blog Toda matéria
Clarice Lispector foi uma das mais destacadas Escritoras da terceira fase do modernismo brasileiro, chamada de "Geração de 45".
Recebeu diversos prêmios dentre eles o Prêmio da Fundação Cultural do Distrito Federal e o Prêmio Graça Aranha.

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