No centenário de Clarice Lispector, com mais de 177 mil brasileiros mortos por covid, o palhaço que atualmente ocupa a principal cadeira no governo federal e sua digníssima - 89 mil - fazem cerimônia no Palácio do Planalto para inaugurar a exposição de roupas que a madame usou na posse presidencial, em janeiro de 2019. Clarisse Lispector certamente não é conhecida pelos ignorantes desse desgoverno, portanto, assim como não reconhecem a pandemia que tem levado vidas aos montes, também não poderíamos mesmo esperar qualquer lembrança sobre esse grande nome da literatura brasileira. O BRASIL NÃO MERECE ISSO... Mas, vamos falar do que interessa, afinal:A IGNORÃNCIA VAI PASSAR, CLARICE PASSARINHO!Em 10/12/2020, Clarice Lispector completaria seu centenário, e em sua homenagem, a TV Cultura preparou este programa especial para trazer à luz a memória da escritora. Apresentado por Adriana Couto, a atração traz uma entrevista exclusiva com o biógrafo de Clarice, o professor e pesquisador norte-americano Benjamim Moser. Além disso, a produção resgata a última entrevista concedida pela escritora, guiada pelo repórter Julio Lerner, em 1977, no Panorama. Na conversa com Lerner, ela revela traços importantes de sua personalidade, que ajudam a compreender quem era aquela mulher, nascida na Ucrânia, mas que se dizia "brasileira e pernambucana".
No ano de seu centenário, Clarice Lispector é a escritora brasileira mais traduzida no mundo
Clarice detestou Près Du Coeur Sauvage, a malsucedida tradução em francês de Perto do Coração Selvagem. Chamou a versão de Denise-Teresa Moutonnier de "escandalosamente má"A primeira tradução, reza a lenda, um escritor nunca esquece. Se for "escandalosamente má", então, pior ainda. Foi o que aconteceu em 1954 quando Clarice Lispector (1920-1977) teve seu romance de estreia, 'Perto do Coração Selvagem' (1943), traduzido para o francês.Desapontada com o trabalho de Denise-Teresa Moutonnier, Clarice chegou a escrever uma carta para as irmãs, em 10 de maio, relatando os motivos de seu descontentamento: em um trecho do livro, a tradutora trocou "porcaria" por "excremento" e, em outro, "olheiras negras" por "óculos escuros".Mais adiante, confundiu o substantivo "chamas", sinônimo de labaredas, pelo verbo "chamar". Foram, ao todo, quase 30 erros.
No centenário de Clarice Lispector, com mais de 177 mil brasileiros mortos por covid, o palhaço que atualmente ocupa a principal cadeira no governo federal e sua digníssima - 89 mil - fazem cerimônia no Palácio do Planalto para inaugurar a exposição de roupas que a madame usou na posse presidencial, em janeiro de 2019. Clarisse Lispector certamente não é conhecida pelos ignorantes desse desgoverno, portanto, assim como não reconhecem a pandemia que tem levado vidas aos montes, também não poderíamos mesmo esperar qualquer lembrança sobre esse grande nome da literatura brasileira. O BRASIL NÃO MERECE ISSO... Mas, vamos falar do que interessa, afinal:
A IGNORÃNCIA VAI PASSAR, CLARICE PASSARINHO!
Clarice detestou Près Du Coeur Sauvage, a malsucedida tradução em francês de Perto do Coração Selvagem. Chamou a versão de Denise-Teresa Moutonnier de "escandalosamente má"
A primeira tradução, reza a lenda, um escritor nunca esquece. Se for "escandalosamente má", então, pior ainda. Foi o que aconteceu em 1954 quando Clarice Lispector (1920-1977) teve seu romance de estreia, 'Perto do Coração Selvagem' (1943), traduzido para o francês.
Desapontada com o trabalho de Denise-Teresa Moutonnier, Clarice chegou a escrever uma carta para as irmãs, em 10 de maio, relatando os motivos de seu descontentamento: em um trecho do livro, a tradutora trocou "porcaria" por "excremento" e, em outro, "olheiras negras" por "óculos escuros".
Mais adiante, confundiu o substantivo "chamas", sinônimo de labaredas, pelo verbo "chamar". Foram, ao todo, quase 30 erros.
Clarice já estava decidida a dar o caso por encerrado quando foi convencida por Érico Veríssimo (1905-1975) a escrever uma carta ao editor, Pierre de Lescure, manifestando sua insatisfação.
Em resposta, o dono da editora Plon explicou, no dia 13 de junho, que, antes de ser publicado, o livro fora enviado à autora, para ela dar seu aval. Perplexa, Clarice respondeu, em 20 de junho, que não recebera carta nenhuma, tampouco o texto traduzido.
Clarice já estava decidida a dar o caso por encerrado quando foi convencida por Érico Veríssimo (1905-1975) a escrever uma carta ao editor, Pierre de Lescure, manifestando sua insatisfação.
Em resposta, o dono da editora Plon explicou, no dia 13 de junho, que, antes de ser publicado, o livro fora enviado à autora, para ela dar seu aval. Perplexa, Clarice respondeu, em 20 de junho, que não recebera carta nenhuma, tampouco o texto traduzido.
Vida e Obra de Clarice Lispector
Clarice Lispector foi uma das mais destacadas Escritoras da terceira fase do modernismo brasileiro, chamada de "Geração de 45".Recebeu diversos prêmios dentre eles o Prêmio da Fundação Cultural do Distrito Federal e o Prêmio Graça Aranha.
Clarice Lispector foi uma das mais destacadas Escritoras da terceira fase do modernismo brasileiro, chamada de "Geração de 45".
Recebeu diversos prêmios dentre eles o Prêmio da Fundação Cultural do Distrito Federal e o Prêmio Graça Aranha.
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