sexta-feira, 31 de março de 2023

BANCO DOS BRICS COM DILMA: DOLAR NÃO SERÁ A PRINCIPAL MOEDA DE CAMBIO NAS RELAÇÕES BRASIL/CHINA

 

Dilma Rousseff já instalada no comando do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), criado pelos países do grupo BRICS -- Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, enfrenta o desafio do cambio direto entre Brasil e China.


Indicada ao cargo pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o nome de Dilma foi aprovado por um comitê da instituição após a ex-presidente passar por uma espécie de sabatina com ministros da Economia dos outros países membros do bloco.

Fórum de negócios de alto nível China-Brasil - em Beijing

A China é o maior parceiro comercial do Brasil, e o volume comercial bilateral atingiu o recorde de US$ 171,49 bilhões no ano passado, de acordo com dados oficiais.

Embora a visita do presidente brasileiro Lula à China, prevista para o dia 26 de março, tenha sido adiada, centenas de representantes de empresas agrícolas brasileiras vieram para Beijing como programado, buscando aumentar a cooperação de exportação com a China e atrair investimentos.

A delegação brasileira que veio à China desta vez foi em grande escala, incluindo vários ministros, governadores, congressistas e 240 líderes empresariais, segundo noticiou a Reuters. A maior parte da carne bovina, soja e celulose do Brasil é exportada para a China. O Brasil espera expandir o comércio com a China além das exportações de minério de ferro, soja, óleo de soja e carne, e está pronto para assinar acordos de tecnologia, inovação e desenvolvimento sustentável, disse uma autoridade do Itamaraty, segundo reportou a mídia.
O governo brasileiro afirmou na quarta-feira (29) que a China e o Brasil chegaram a um acordo para não usar o dólar americano como moeda intermediária, podendo conduzir o comércio em sua própria moeda, segundo a mídia internacional.

O acordo permitirá que a China e o Brasil, a maior economia da América Latina, realizem transações comerciais e financeiras em grande escala diretamente, trocando yuan por real e vice-versa, em vez de por meio de uma moeda intermediária, o dólar americano, conforme noticiou a mídia.


A decisão foi anunciada após um fórum de negócios de alto nível China-Brasil realizado em Beijing, e um acordo piloto foi realizado em janeiro deste ano, segundo a notícia.

"Espera-se que isso reduza custos... e facilite o comércio e o investimento bilateral", disse a ApexBrasil num comunicado.

Jorge Viana, presidente da ApexBrasil, fala em seminário empresarial em Beijing, em 29 de março de 2023.
RECOMENDAÇÃO DO SBP

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