sexta-feira, 3 de março de 2023

Argentina encerra acordo sobre disputa das Malvinas com Reino Unido

Malvinas: Palco de sangrento conflito entre Argentina e Inglaterra, em 1982

Buenos Aires renunciou formalmente a um acordo de 2016, assinado com o Reino Unido sobre as disputadas ilhas Malvinas no Atlântico Sul.  Em 2 de março de 2023, a Argentina disse que o assunto precisa ser resolvido segundo as diretrizes da ONU, que versa sobre a descolonização imperialista . 
Embora, fosse sabido que os moradores da ilha favoráveis a Argentina, tivessem sido perseguidos desde sempre pelos colonizadores ingleses, Londres insiste que o assunto foi resolvido depois de um referendo, quando os remanescentes locais escolheram  a opção de serem governados pela Grã-Bretanha. 

O ministro das Relações Exteriores da Argentina, Santiago Cafiero, disse que informou o britânico, James Cleverly, sobre a decisão em sua reunião em Nova Délhi, na Índia, à margem da cúpula do G20.

A Argentina “propôs retomar as negociações sobre a questão da soberania”, em cumprimento ao mandato da Assembleia Geral da ONU e do Comitê de Descolonização do órgão mundial, acrescentou Cafiero.

As Ilhas Malvinas são britânicas”, respondeu Cleverly. “Os ilhéus têm o direito de decidir seu próprio futuro – eles escolheram permanecer um território ultramarino autônomo do Reino Unido.”

O ministro das Américas, David Rutley, que acabava de visitar Buenos Aires, qualificou a decisão de “decepcionante” e acusou a Argentina de ter optado por “se afastar de um acordo que trouxe conforto às famílias dos que morreram no conflito de 1982”.

As ilhas disputadas estão localizadas no Atlântico Sul, a cerca de 600 quilômetros do continente argentino. A Argentina reivindica as ilhas Malvinas, dizendo que fazia parte do território que conquistou a independência da Espanha em 1816. O Reino Unido governou o que chama de Ilhas Falkland desde 1833. Argentina e Reino Unido travaram uma guerra de dez semanas pela ilhas em 1982, que custou quase 1.000 vidas e terminou com uma vitória britânica.


Uma resolução não vinculativa da Assembleia Geral da ONU de 1965 pedia a ambos os países que não fizessem mudanças unilaterais na disputa pelas ilhas.

No pacto de 2016, a Argentina e o Reino Unido concordaram em discordar sobre a soberania, mas se comprometeram a cooperar em energia, navegação, pesca, transporte e identificação dos restos mortais de soldados mortos no conflito. Alan Duncan, o ministro que negociou o acordo com o vice-ministro da Argentina, Carlos Foradori, insinuou em seus diários que as negociações foram alimentadas por um fornecimento constante de Merlot da adega da embaixada britânica. Foradori negou isso.

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