quarta-feira, 27 de julho de 2022

Hamas ou OLP? Israel ainda mantem seu governo assassino 25 anos depois do atentado ao mercado de Mahane Yehuda

Mercado Mahane Yehuda, ou shuk.
Em 30 de julho de 1997, dois atentados suicidas consecutivos foram realizados por militantes do Hamas no mercado Mahane Yehuda em Jerusalém. Dezesseis pessoas morreram e 178 ficaram feridas no ataque.

Após o atentado suicida, a Autoridade Palestina (AP) juntou-se à agência de inteligência Shin Bet de Israel e à Agência Central de Inteligência dos EUA (CIA) na formação de um painel tripartido para coordenar as operações repressivas na região. A primeira reunião do órgão ocorreu em 17 de agosto sob a supervisão do chefe da estação da CIA em Tel Aviv.


O arranjo, proposto por Washington e saudado pelo líder da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Yasser Arafat, foi um indicador do caráter fraudulento da “paz” do Oriente Médio mediada pelos EUA e do beco sem saída em que a perspectiva nacionalista burguesa da OLP liderou o povo palestino.

As principais cidades palestinas como Hebron e Ramallah foram isoladas por tropas israelenses, seus moradores impedidos de sair, enquanto palestinos de outras partes da Cisjordânia foram impedidos de entrar. A Faixa de Gaza também foi bloqueada. Dezenas de milhares de trabalhadores palestinos que dependiam de empregos em Israel ficam presos na fronteira.

A vida econômica dos territórios, já estagnada, foi paralisada pelas medidas de segurança. O governo israelense também cortou as receitas fiscais coletadas de trabalhadores e empresas palestinas, que deveriam ser entregues à Autoridade Palestina. Os fundos representaram quase dois terços do orçamento operacional da AP.


Durante décadas, a OLP proclamou sua dedicação à libertação nacional através da luta armada contra o sionismo e o imperialismo. Ganhou amplo apoio popular dos palestinos e a simpatia das massas oprimidas em todo o Oriente Médio. Mas, na década de 1990, passou a ser injuriado pelo povo que prometeu libertar, pois agora funcionava como uma agência policial subordinada a Washington e Tel Aviv, reforçando a opressão dos palestinos.

O declínio da popularidade da OLP e a desmoralização que ela causou criaram condições para o crescimento do movimento fundamentalista islâmico Hamas, cujos ataques terroristas foram diretamente a favor do Estado israelense.


Quatro anos depois que Israel e a OLP assinaram um acordo de paz no gramado da Casa Branca, as condições para os palestinos na Cisjordânia e na Faixa de Gaza eram piores do que sob ocupação israelense direta. Na realidade, a ocupação nunca terminou. As forças militares de Israel mantiveram um domínio sobre os territórios onde a Autoridade Palestina de Arafat estava nominalmente no comando. O caráter fictício do “autogoverno” palestino ficou claro novamente pelos atos de punição coletiva realizados por Israel em resposta ao bombardeio de Jerusalém.

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