Para a governante, a maciça campanha de vacinação que hoje se regista em Portugal, um processo “que tem sido bem sucedido”, vai permitir que em breve haja uma elevada proteção da população perante a doença, adiantando, por outro lado, que a matriz de avaliação da situação epidemiológica, “que tem servido de base nas decisões de desconfinamento”, ao contrário do que por vezes se ouve, “não tem apenas dois indicadores”, a evolução da incidência e o indicador de transmissibilidade (Rt), mas outros indicadores como os “óbitos, a utilização da capacidade hospitalar e o número de doentes internados em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) e em enfermarias”.
Nova realidade do SNS
Marta Temido escalpelizou, depois, os progressos alcançados, lembrando aos deputados que em 2021 foram realizadas “mais de três milhões de consultas médicas” em relação a idêntico período do ano transato, como também houve um assinalável crescimento no número de consultas de enfermagem entre janeiro e maio, “mais de quatro milhões de consultas”, enquanto que em relação à atividade hospitalar verifica-se que começa a “ficar em linha” com os valores anteriores, com mais 7% de consultas médicas do que em 2020, sendo que também em relação ao ano anterior realizaram-se nos hospitais nos primeiros cinco meses deste ano mais 76 mil cirurgias.
Números que mostram que o SNS começa a recuperar da situação difícil criada pela pandemia, sustentando, contudo, Marta Temido que “não seria expetável” que o Serviço Nacional de Saúde conseguisse “passar incólume e sem dor” perante a necessidade de dar respostas firmes à pandemia “para salvar vidas e retomar o percurso de recuperação que tem sido feito este ano”, elogiando uma vez mais os profissionais de saúde pelo excelente trabalho que têm prestado ao país.
António Lacerda Sales |
Presente nesta comissão parlamentar esteve também o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, que avançou com o número de 4.300 profissionais de saúde que estão neste momento alocados à vacinação, 600 dos quais médicos, referindo-se depois ao reforço de recursos humanos que houve já este ano no SNS, que contabilizava 147.645 efetivos, “mais 7.910 do que a 31 de maio de 2020”.
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