(Uma douta análise de conjuntura dos dirigentes do Coletivo Caminho Luminoso, Benedito Karlos Marques e Ricardo Fredy Engels Santoro).
A direita está batendo cabeça por uma opção que ainda não achou. Ciro não anda e agora correram pro pseudo-identitário tucano do Rio Grande. Um gay de bem para agradar a “gente de bem”, os famosos “humanos direitos”!
Nessa atmosfera turbulenta é interessante refletir sobre três das inúmeras possibilidades de cenários para os próximos 12 a 18 meses:
Possibilidade 1. Lula X Bozo em 2022.
O voto antibozo vem forte e pode ser que tenhamos uma opção, principalmente dos coxas – pelo menos de alguns deles - em votar no Lula num segundo turno. A 3ª via não parece colar. Mesmo assim, seria uma eleição super polarizada e com todos os apelos de fraude, fake news e possibilidade de ameaças de golpe. Senão de uma quartelada, de uma farsa no estilo trumpista envolvendo PMs bozominions, milicianos, pastores e setores fascistas da classe média.
Apesar de hoje as pesquisas cravarem Lula, temos que considerar que o efeito da vacinação e um auxílio emergencial no meio do ano podem mudar a preferência do eleitorado.
Sem contar o fato do Bozo ainda ter com apoio de setores empresariais, a já mencionada classe média e camadas desorganizadas e conservadoras dos trabalhadores, que ainda esperam um messias salvador da pátria.
Possibilidade 2. Impeachment de Bozo
Difícil com o Lira atuando e os milicos dando suporte. Vai depender das ruas e da esquerda se preocupar – nesse momento - mais com o impeachment do que com o partido do lado. É necessário ainda que cada grupo, sobretudo alguns grupelhos nanicos, pare de buscar um protagonismo inútil e irresponsável.
De qualquer forma, se as manifestações crescerem, teríamos uma pressão difícil de controlar sem um grande acordo traíra. Tancredo e FHC são exemplos desses acordos – na verdade conluios - que “deram certo” e Temer/Bozo, a gente já sabe. Foi bandidagem mesmo. Mas nada muito incomum na história política do Brasil.
Iríamos para 2022 com militância e disputas de poder que não interessam para esses golpistas, apesar de ser uma possibilidade, a depender do andamento da CPI.
Possibilidade 3. Afastamento do Bozo (ele morrer, o avião cai, câncer, operação que não dá certo ou um cofre cai sobre ele na rua, como nos desenhos animados...):
Se ocorrer agora, diminui a pressão sobre os envolvidos no escâdalo da vacina (milicos, empresários picaretas, pastores idem) e dá até pra forçar algo pra cima dos filhos do Coiso e um ou dois de bois de piranha, o que iria satisfazer parte da mídia e da opinião pública.
Quebra o ritmo de rejeição do governo e dá uma trégua nas declarações que sairiam da presidência. É só o Mourão ficar quieto. O que não é tão provável assim.
Reduziria a pressão das ruas e criaria um caminho para a tão sonhada 3ª via.
Em 2022, sem a presença de Bozo, parte do eleitorado coxinha não teria mais a pressão de ter que votar no Lula para o Bozo não ser reeleito. Poderiam seguir para um ou mais candidatos dessa direita jardins de sapatênis e, num 2º turno, unir-se a um nome anti-Lula ou repetir o “não votei em nenhum dos dois” de 2018, no caso de mais uma vez a vaca ir para o brejo.
De qualquer forma, fica mais difícil para a esquerda. Mas, quando foi fácil?
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