quinta-feira, 1 de outubro de 2020

ESCOLA SEM PARTIDO, ESPORTE SEM PARTIDO. INSTITUIÇÕES DE UM GOVERNO FASCISTA.

VIVA CAROL SOLBERG! E FORA BOZO FASCISTA.



A história da CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) está longe de ser edificante. Dirigida durante décadas, com mão de ferro, pelo Senhor Carlos Arthur Nuzman, um homem que sempre foi muito habilidoso em bajular os donos e os próximos ao poder, essa organização beneficiou-se inegavelmente de algumas gerações brilhantes de atletas, que amealharam conquistas e garantiram ao Sr. Nuzman prestígio, riqueza e a presidência do COB (Comitê Olímpico Brasileiro). À Frente do qual lhe caiu a máscara de dirigente arejado e moderno. Era tão venal quanto, infelizmente, a maioria dos dirigentes esportivos brasileiros, embora tivesse na imprensa chapa branca um fã-clube considerável.

Há várias histórias de intolerância e suspeitas de racismo na venerável CBV. O vôlei, em vários clubes brasileiros, durante muito tempo, foi esporte de “gente de bem”, ou seja, branca de classe média. E a CBV fez muito pouco para mudar o quadro. Uma amiga me perguntava sempre, na década de 1980, a razão da seleção de vôlei de Cuba ter tantos negros e o Brasil não ter nenhum. Histórias suspeitas sempre existiram e outras nem tanto. Algumas foram infames mesmo!

Lilico, melhor ponteiro da Liga Nacional não foi sequer cogitado para a seleção brasileira que disputou os Jogos Olímpicos de Atenas. Detalhe: negro e assumidamente gay, foi preterido sem maiores explicações pelo treinador da época, Radamés Lattari. Que deixou também de convocar para a mesma olimpíada Joel dos Santos, jogador que foi aclamado no Pré-olímpico das Américas como grande responsável pela classificação do Brasil. Classificou o Brasil, mas foi cortado na hora da festa. Joel também é um afrodescendente. Pode ser coincidência, é claro.

Marcão, Aloísio, Gilson, Pelé (José Francisco, que jogava em Minas Gerais) foram todos jogadores negros com carreiras vitoriosas nos seus clubes, mas que tiveram pouco ou nenhuma oportunidade no selecionado. Claro que também deve ser coincidência. A CBV dirá que Wallace, por exemplo, um negro bolsominion, que no último mundial fez a famigerada arminha homenageando “vocês sabem quem”, tem muito prestígio na seleção. Inclusive quando se manifestou em favor do Coiso foi defendido em nome da liberdade de expressão. A qual ele tem direito, é claro. Pena que a CBV pratique uma política de dois pesos e duas medidas.

Carol Solberg, quando mandou um justíssimo “Fora Bolsonaro”, ao vivo e em cores, na SportTV após ganhar uma medalha de bronze no circuito nacional de vôlei de praia, foi denunciada pela CBV junto à Justiça Esportiva, que ameaça a sua carreira com suspensão e multa. Emanoel Rêgo, ex-mealhista olímpicos, membro da Comissão de Atletas do COB, teoricamente deveria defender uma atleta que expressa livremente sua opinião. Certo? Errado! Bovinamente jogou do lado do poder e recriminou a jogadora. Esse é o atleta padrão brasileiro. Infelizmente não Carol Solberg.

Vamos deixar claro qual é a verdadeira regra do jogo: a CBV, uma entidade com um histórico de falcatruas com dinheiro público, quer agradar o governante da vez. Essa gente pouco se importa com a liberdade de expressão e o estado de direito. Querem o gado-atleta que bajule as autoridades e garanta aos dirigentes sinecuras e patrocínios estatais. Ainda que o esporte como um todo agonize sob o coturno do atual mandatário.

Os barões do esporte são, via de regra, venais ou incompetentes – à vezes os dois. E repetem a ladainha que política e esporte não se misturam A não ser para beneficiar a malta a qual pertencem. Malta essa especializada em se agarrar, com suas mãos ávidas, às partes baixas dos governantes da vez.


Em tempo: VIVA CAROL SOLBERG! E FORA BOZO FASCISTA.
E tenho dito!
Inês C N Santos, Natália Nogueira Dos Santos e outras 12 pessoas
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