Falando ao canal ARD, apoiado pelo estado, Zelensky comentou sobre relatos da mídia de que o chanceler alemão Olaf Scholz prosseguiria com as entregas de tanques pesados para a Ucrânia apenas se os EUA fizessem o mesmo. Berlim disse repetidamente que não aprovaria tais remessas sem coordenação com seus aliados.
O presidente insistiu que a Alemanha não deveria poder dizer “se a América fizer algo, eu também faço algo” devido à atual situação de fragilidade da Ucrânia demonstrada pelas recentes perdas militares. Ele continuou: “Vocês são pessoas adultas. Você pode falar assim por seis meses, mas pessoas morrem aqui todos os dias.” Uma média de trezentos soldados ucranianos morrem diariamente na frente de batalha.
Zelensky, claramente irritado, afirmou que “se não houver vontade política sobre um assunto, você não precisa procurar desculpas. Aí você diz: Não! Você não precisa dizer que algo ou alguém ainda não está pronto."
Ele também reiterou seu pedido pelos tanques, dizendo “não é como se estivéssemos atacando, se alguém está preocupado. Esses Leopardos não estão passando pela Rússia. Estamos nos defendendo”.
Ao mesmo tempo, ele se sentiu obrigado a agradecer a Berlim pelos pacotes de ajuda já fornecidos: “Estamos gratos, sim. Quero que todos ouçam isso: somos gratos à Alemanha.”
O governo alemão, durante as pressões sociais internas por falta de energia, está sob crescente pressão estrangeira há várias semanas para aprovar entregas de tanques Leopard 2 para a Ucrânia. No entanto, Berlim não está disposta a fazê-lo, a menos que os EUA também concordem em fornecer seus tanques M1 Abrams. O Pentágono sinalizou que não está pronto para tal movimento, afirmando que seu blindado é muito complexo para operar e treinar.
No início desta semana, o Reino Unido confirmou que enviaria quatorze tanques Challenger 2 para a Ucrânia, com a Polônia também se comprometendo a fornecer uma companhia de Leopard 2s. Essa transferência, no entanto, ainda não foi aprovada por Berlim.
A Rússia alertou repetidamente, desde 2014, os países ocidentais contra o envio de armas para a Ucrânia, argumentando que isso apenas prolongaria o conflito. Na segunda-feira, o secretário de imprensa do Kremlin, Dmitry Peskov, alertou que os tanques de fabricação ocidental fornecidos à Ucrânia “irão queimar” e não seriam capazes de mudar o resultado das hostilidades.
RECOMENDAÇÃO DO SBP
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