A França é um país de referência internacional em arte e cultura: são inúmeros os patrimônios preservados, museus, festivais e galerias espalhados pelo território. O cenário artístico francês vive em plena efervescência nas mais diversas expressões, seja no campo das artes plásticas, do design gráfico ou dos quadrinhos.
Além dos franceses que mudaram a história das artes no passado, como Claude Monet, Marcel Duchamp e Auguste Rodin, muitos artistas continuam a impactar o mundo artístico. São exemplos as artistas Camille Henrot, ganhadora do prêmio Lion d’Argent na 55ª Bienal de Veneza, em 2013, e Laure Prouvost, que conquistou o prêmio Turner em Londres no mesmo ano.
Embora, seja certo que cada parte do mundo tenha oferecido sua contribuição, é na França que a pintura vem se desenvolvendo desde, literalmente, a pré-história. Além das mundialmente conhecidas pinturas rupestres de Lascaux, também foi encontrado em território francês o conjunto de desenhos mais antigo do mundo, nas cavernas de Chauvet, no sul do país. Desde esta época, l’Héxagone (como é apelidado o país pelos nativos) vem acumulando histórias de artistas consagrados, os quais influenciam diretamente a história da arte no mundo ocidental.
Localizada na comuna de Vallon-Pont-d'Arc, perto do famoso Pont d'Arc, que marca a entrada do Ardèche Gorges, a caverna Chauvet-Pont d'Arc, descoberta em 1994 por três espeleólogos apaixonados, é considerada uma obra-prima da arte rupestre pré-histórica. Esta caverna paleolítica decorada abriga em suas paredes um extraordinário bestiário, onde há nada menos que 425 representações de animais. Datando do período Aurignaciano, estas pinturas e gravuras estão entre as mais antigas do mundo.
A caverna adornada com a Pont d'Arc conhecida como "Caverna de Chauvet" em homenagem a seu descobridor, é uma caverna paleolítica decorada descoberto em 1994.
O local tem mais de mil desenhos, incluindo 425 figuras de animais que mostram 14 espécies diferentes. A comunidade científica quase unânime admite que as obras da caverna datam do aurignaciano e que, portanto, estão entre as mais antigas do mundo.
A caverna é um Patrimônio Mundial da UNESCO desde junho de 2014.
A região de Rhône-Alpes e o Conselho Geral de Ardèche, com o apoio do Estado e da Europa, começaram a construir em 2012, no sítio de Razal em Vallon-Pont-d'Arc, uma réplica do cavidade. Batizado em janeiro de 2014 "A Caverna da Ponte de Arco", este local cultural e turístico abriu suas portas em 25 de abril de 2015.
Para preservar este lugar único fechado ao público desde a sua descoberta, a Caverna do Pont d'Arc, um espaço de restituição composto por cinco edifícios, com fac-símile da caverna de Chauvet e exposição permanente dedicada aos aurinéus e arte parietal, inaugurado em 2015 no site Razal em Vallon-Pont-d'Arc.
Especialistas discutem há tempos se os sofisticados desenhos de animais de uma famosa caverna francesa são, de fato, os mais antigos do tipo no mundo e um estudo publicado na segunda-feira sugeriu que sim.
s curvas suaves e os detalhes finos das pinturas de ursos, rinocerontes e cavalos da caverna Chauvet, na pitoresca região de Ardeche, no sul da França, são tão avançadas que alguns acadêmicos as datavam entre 12.000 e 17.000 anos atrás.
Isto as situaria como relíquias da cultura Magdaleniana, na qual os ancestrais humanos usaram ferramentas de pedra e ossos para criar uma arte impressionantemente avançada.
Anteriormente, os cientistas demonstraram, através de datação por radiocarbono de amostras de arte na pedra, carvão vegetal e ossos de animais encontrados na caverna Chauvet que os desenhos eram mais antigos, provavelmente com antiguidade compreendida entre 30.000 e 32.000 anos.
Réplica da Gruta Chauvet
Graças à réplica da Gruta Chauvet, no sul de França, o público pode contemplar as obras de arte mais antigas do mundo: um conjunto de mil pinturas rupestres realizadas há 36 mil anos.
A gruta foi encontrada por acaso, em 1994, por três espeleólogos amadores. O grupo ficou fascinado com o que encontrou: cerca de mil pinturas e gravuras intactas. A cópia quase exata da gruta, a Caverna do Pont D’arc, abriu as portas ao público, em 2015.
Os peritos confirmaram que uma parte das pinturas data de há 36 mil anos, ou seja, são as obras de arte rupestre mais antigas do mundo (a datação foi possível para as obras em carvão mas não para as pinturas a ocre).
As pinturas representam 14 espécies de animais, nomeadamente, ursos das cavernas, rinocerontes lanudos, leões, panteras e cavalos. Algumas espécies já se extinguiram. Numa das paredes da gruta, há um fresco com leões onde estão representados 92 animais. A maioria, das obras retrata animais mas há duas exceções: a representação das mãos humanas e a representação da vulva feminina.
A representação do sexo feminino é vista por alguns investigadores como o sinal do elevado estatuto social da mulher nas sociedades de caçadores-recoletores (aliás, a mais antiga estátua humana, descoberta na Áustria em 1908, representa uma mulher, a “Vénus de Willendorf”; que terá sido esculpida há 22 mil anos).
Os autores das pinturas da Gruta de Chauvet são os nossos antepassados diretos, homo sapiens sapiens. Eram caçadores, coletores, nômades e viviam em pequenos grupos. Há 36 mil anos, a Europa tinha um clima mais frio do que o atual. Na era glacial, durante o inverno, as temperaturas rondavam os vinte graus negativos. Ao contrário do que se possa pensar, os humanos não viviam em cavernas. As cavernas abrigavam ursos das cavernas e outros animais perigosos, como demonstram as centenas de ossos de animais encontrados na gruta Chauvet.
Os geólogos afirmam que, há 30 mil anos, o local foi visitado por uma pessoa, como atestam as pegadas e as marcas de carvão deixadas por uma tocha. Depois, houve um desmoronamento de terras que levou ao fecho da gruta. Para evitar causar estragos nas pinturas, a gruta original encontra-se encerrada mas a réplica reproduz na perfeição o interior da gruta, as pinturas, as gravuras e as ossadas de ursos.
TOUR VIRTUAL: Plataforma Google Arts and Culture
A plataforma Google Arts and Culture disponibilizou um tour virtual pela Caverna de Chauvet, localizada no sul da França. Considerada Patrimônio Mundial pela Unesco, a caverna abriga as pinturas rupestres mais antigas que a humanidade conhece, com desenhos de ursos, rinocerontes, um leão, uma leoa, uma pantera e bisões. A arte rupestre é caracterizada por desenhos e pinturas feitas em superfícies lisas ou em rochas e os pesquisadores acreditam que a criação artística possuía um cunho ritualístico ou mágico.
Redescoberta em 1994, apenas cerca de 200 pesquisadores entram por ano na caverna, que é protegida por câmaras de vigilância e por uma porta blindada de 600 quilos. A caverna se encontra perfeitamente preservada, possivelmente porque por volta de 21 mil anos atrás uma avalanche fechou as entradas da caverna, impedindo alterações climáticas no interior da caverna que contribuíssem para a sua deterioração. A descoberta do local permitiu diversos avanços na pesquisa, como o desenho de uma mulher ao lado de um bisão.
Para que a caverna não seja danificada pelo dióxido de carbono gerado pela respiração dos visitantes, o Ministério Francês da Cultura inaugurou em 2015 uma réplica da Caverna de Chauvet, na mesma região. Próximo ao local, o Museu da Pré-História complementa a visita com representações de animais, plantas e o cotidiano de homens e mulheres 36 mil anos atrás. O projeto contou com a participação de pintores, escultores, agências de arquitetos, cenógrafos e empresas de construção para criar em escala real a réplica da caverna.
Para que a caverna não seja danificada pelo dióxido de carbono gerado pela respiração dos visitantes, o Ministério Francês da Cultura inaugurou em 2015 uma réplica da Caverna de Chauvet, na mesma região. Próximo ao local, o Museu da Pré-História complementa a visita com representações de animais, plantas e o cotidiano de homens e mulheres 36 mil anos atrás. O projeto contou com a participação de pintores, escultores, agências de arquitetos, cenógrafos e empresas de construção para criar em escala real a réplica da caverna.
Para visitar e conhecer mais sobre a Caverna de Chauvet, acesse o link:
Click Museus é um projeto que vista aproximar o público dos museus, democratizando o acesso das instituições culturais. Para conhecer mais sobre o projeto, acesse o link:
ILUMINANDO 40MIL ANOS DE HISTÓRIA
"À luz da tocha do seu guia, as obras-primas da humanidade ganharão vida e assumirão uma nova dimensão nesta paisagem subterrânea - Daphne Michelas"
Daphné Michelas oferece uma visita única e envolvente à caverna Chauvet 2 para uma visita guiada à luz de uma tocha! Visita envolvente e emoção garantida.
Informações para agendamento no site da Grotte Chauvet2RECOMENDAÇÃO DO SBP
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