Quando eles chegaram
nos colocaram de joelhos
e cobraram lealdade à santa igreja.
Mas nós adoramos Tupã.
Estalaram o chicote e queriam
transformar a natureza em vil metal,
mas para nós continuou sendo
o que sempre foi, a mãe terra
de quem temos como graça
ser seus filhos devotos.
tupis, tupinambás, aymorés,
goytacazes, carijós, tamoios.
Depois nos levaram ao tronco
e insistiram que nos queriam brancos,
europeus, bons cristãos, adoradores
de el rei majestade mui distante de nós,
mas abraçamos nosso pai Oxalá
e afirmamos nossa negritude.
e cobraram lealdade à santa igreja.
Mas nós adoramos Tupã.
Estalaram o chicote e queriam
transformar a natureza em vil metal,
mas para nós continuou sendo
o que sempre foi, a mãe terra
de quem temos como graça
ser seus filhos devotos.
tupis, tupinambás, aymorés,
goytacazes, carijós, tamoios.
Depois nos levaram ao tronco
e insistiram que nos queriam brancos,
europeus, bons cristãos, adoradores
de el rei majestade mui distante de nós,
mas abraçamos nosso pai Oxalá
e afirmamos nossa negritude.
Salve Dandra, Corolina e Anastacia|!
Salve Zumbi dos Palmares,
Salve João Cândido, almirante do povo.
Aí veio 1964 quando nos prenderam,
bateram, amordaçaram, exilaram,
nos penduraram no pau de arara.
Eles nos queriam adoradores do way of life
da América podre dos banqueiros,
fosse lá o que isso significasse.
Queriam que confessássemos tudo,
que déssemos nomes, identidades, endereços.
Queriam que a gente entregasse o irmão,
o amante, a companheira, o camarada.
E vieram os eletrochoques, afogamentos,
a cadeira do dragão,
a violação de nossos corpos, nossa mentes.
E continuamos aqui amando do nosso modo
nossa pátria, brasil de verdade, que pode ser verde,
vermelho, preto, marrom, amarelo.
O Brasil de verdade, de Marighella, Lamarca, Yara,
Vera, Maria do Carmo e Dilma.
Hoje nos querem crucificados de crucifixo,
adorando o deus fascista do ódio, racistas,
homofóbicos, fascistas, esquizofrênicos,
xenófobos, machistas, misóginos.
Eles nos querem homens de bem,
mulheres de bem, bichas de bem,
brancos, hipócritas, intolerantes, ignóbeis.
Mas nós somos o amor que eles não conhecem,
temos o amor pela humanidade, pelo diverso.
Somos mulheres negras. Somos Marielle,
somos Lula e nenhum coturno,
nenhuma farda, nenhum verde oliva mudará isso.
É bom que se diga: 1964 foi um golpe de estado,
embora aqui ainda dependurados
nesse pau de arara , amarrados nesse tronco,
não tenham ilusões, senhores de bem,
não alimentem sua vil utopia.
Jamais confessaremos suas mentiras
e ainda viraremos sua mesa!
eles nos acorrentaram
Salve Zumbi dos Palmares,
Salve João Cândido, almirante do povo.
Aí veio 1964 quando nos prenderam,
bateram, amordaçaram, exilaram,
nos penduraram no pau de arara.
Eles nos queriam adoradores do way of life
da América podre dos banqueiros,
fosse lá o que isso significasse.
Queriam que confessássemos tudo,
que déssemos nomes, identidades, endereços.
Queriam que a gente entregasse o irmão,
o amante, a companheira, o camarada.
E vieram os eletrochoques, afogamentos,
a cadeira do dragão,
a violação de nossos corpos, nossa mentes.
E continuamos aqui amando do nosso modo
nossa pátria, brasil de verdade, que pode ser verde,
vermelho, preto, marrom, amarelo.
O Brasil de verdade, de Marighella, Lamarca, Yara,
Vera, Maria do Carmo e Dilma.
Hoje nos querem crucificados de crucifixo,
adorando o deus fascista do ódio, racistas,
homofóbicos, fascistas, esquizofrênicos,
xenófobos, machistas, misóginos.
Eles nos querem homens de bem,
mulheres de bem, bichas de bem,
brancos, hipócritas, intolerantes, ignóbeis.
Mas nós somos o amor que eles não conhecem,
temos o amor pela humanidade, pelo diverso.
Somos mulheres negras. Somos Marielle,
somos Lula e nenhum coturno,
nenhuma farda, nenhum verde oliva mudará isso.
É bom que se diga: 1964 foi um golpe de estado,
embora aqui ainda dependurados
nesse pau de arara , amarrados nesse tronco,
não tenham ilusões, senhores de bem,
não alimentem sua vil utopia.
Jamais confessaremos suas mentiras
e ainda viraremos sua mesa!
eles nos acorrentaram
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