sexta-feira, 2 de abril de 2021

COVID: São Paulo perda de vidas 75 vezes maior que Cuba, 23.000 brasileiros mortos.


A crise COVID-19 tem revelado o fracasso da maioria dos países capitalistas ocidentais em suas políticas públicas. Décadas de austeridade neoliberal, de cortes em programas de saúde e educação induzidos por programas de cálculo pelo FMI e pelo Banco Mundial, mostra agora seus resultados em números alarmantes de contágio e de mortes se espalhando pela América Latina, Europa, EUA e principalmente pelo Brasil.

No ocidente, Cuba tem dado um exemplo de eficiência e definição de que um outro caminho é possível na luta contra uma pandemia. Os números falam por si, basta compararmos Cuba com outros países ou mesmo grandes cidades com categorias semelhantes para termos um quadro muito claro da diferença nos resultados.

Com uma população de cerca de 11.350.000 pessoas, Cuba teve até o final de fevereiro - 45.361 casos acumulados de COVID-19 com 300 mortes. O estado de São Paulo, centro financeiro do Brasil, com 12.300.000 habitantes quase que a mesma população e, entretanto com suporte financeiro e econômico superior, tem mais de 600.000 casos acumulados e já sofreu perda de vidas 75 vezes maior que Cuba, 23.000 brasileiros mortos. Nova York, com cerca de 18.800.000 habitantes, tem um total acumulado de 700.815 casos com 28.888 mortes. A Suíça, com uma população menor que a de Cuba, cerca de 8.600.000 pessoas, tem 550.224 casos acumulados de COVID-19 com 9.226 mortes. 

 Revolução Cubana à crise do COVID-19


Como explicar que um país que dispõe de muito menos recursos que cidades como São Paulo, Nova York ou um país como a Suíça pode ser tão mais eficiente em sua luta contra uma pandemia? 

A resposta é simples: a Revolução Cubana de 1959 concentra os poucos recursos disponíveis no país na construção de um sistema de saúde que atendesse às necessidades da população - das pessoas - em primeiro lugar - e não aos interesses dos diversos setores da medicina privatizada - dos planos de saúde às grandes empresas farmacêuticas, passando pela cara medicina 'high-tech' da qual os países desenvolvidos tanto se orgulham.

Após a Revolução, praticamente a metade dos médicos cubanos deixaram o país, limitando enormemente a capacidade do novo governo de atender às necessidades de saúde de sua população. A decisão do governo revolucionário foi de investir na formação de novos profissionais de saúde - e de ampliar o acesso aos cuidados médicos à população rural e sobretudo aos negros, até então deixados de fora. Deste modo, Cuba foi capaz de aumentar o número de enfermeiros e enfermeiras de 2.500 em 1958 para 4.300 em uma década. Através de suas massivas campanhas de vacinação, Cuba eliminou a poliomielite em 1962, a malária em 1967, tetano neonatal em 1972, difteria em 1979, síndrome da rubéola congênita em 1989, meningite pós-caxumba em 1993, rubéola em 1995 e meningite tuberculosa em 1997. Atualmente, a taxa de mortalidade infantil em Cuba é menor do que a dos Estados Unidos e menos da metade do que a população negra nos Estados Unidos.

Em 1983, pouco mais de duas décadas depois da Revolução, a expectativa de vida em Cuba já tinha aumentado para 73,8 anos, quando no período anterior era de apenas 58,8 anos. Enquanto muitos especialistas em saúde pública costuman atribuem à falta de recursos a insuficiência de atendimento médico na América Latina, a Revolução Cubana mostrada na prática que quando os recursos incluídos são distribuídos de maneira equitativa e com ênfase em pessoas e em prevenção, pode-se obter resultados em saúde pública antes inimagináveis. O neoliberalismo, imposto pela força em muitos países do Sul e apoiado pelo governo basileiro, e escolhido pelas elites do aperfeiçoamento do Norte como política preferencial em seus países próprios, levou a um caminho oposto ao Cubano.

Cuba envia médicos para ajudar a Itália

E a pandemia de COVID-19 está mostrando com muita clareza qual caminho foi o mais acertado. No Brasil e nos países ricos do Norte, uma austeridade neoliberal tem resultado há décadas sucessivas reduções nos orçamentos da área da saúde, sobretudo com cortes no número de qualificado disponível. Cuba, ao contrário, investiu na formação de um número cada vez maior de profissionais da saúde . Quando a pandemia chegou, era claro que Cuba já dispunha do pessoal e da capacidade de alocação de recursos necessários para enfrentar uma situação tal. Nos países do Norte, ao contrário, à falta de pessoal e de infratestrutura pública somaram-se uma incapacidade de tomar como medidas corretas quando estas se opunham aos interesses privados já tomados. 


Consequentemente, depois do Brasil e a Africa, pela primeira vez, Cuba foi solicitada a levar a sua ajuda a alguns países ricos e desenvolvidos do Norte, como a Itália. Os médicos e outros profissionais de saúde cubanos também levaram sua ajuda à Andorra e aos departamentos ultra-marinos da França no Caribe, Martinica e Guadalupe. Não se pode imaginar uma demonstração maior da falência do modelo neoliberal.

Desde que sua revolução ocorreu, Cuba segue sob ininterrupto ataque do Império e de seus comparsas. Sua população sofre com as sanções e bloqueios econômicos, que comprometem muito também seus esforços de solidariedade internacional. Mesmo assim, esta pequena nação, sempre tão teimosa e generosa segue sendo uma fonte de esperança para o mundo. Sobretudo, Cuba aponta o caminho a seguir, com muita firmeza, despojamento, coragem e uma alegria inesgotável.

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