O QUE POSSUEM EM COMUM O PCO, A FOLHA DE SÃO PAULO E ALGUNS RACISTAS ENRUSTIDOS E OUTROS ASSUMIDOS?
Antônio Risério, antropólogo branco baiano, causou furor graças a um artigo lamentável em que alinhava casos de supostas violências de negros norte- americanos contra brancos, asiáticos ou judeus para denunciar o racismo dos negros, associando essas violências a um suposto "identitarismo".
Racistas que estiveram ou não no armário, falsos liberais e até supostos esquerdistas (Alguém ouviu Partido da Causa Operária?) têm dado as mãos nos últimos tempos numa verdadeira "frente popular de acusadores" contra a grave ameaça do tal identitarismo. Que pode ser, dependendo do acusador, parte de um complô marxista (Alguém lembra do marxismo cultural?) ou da burguesia com o objetivo de atrasar a revolução proletária, que como todos sabem, bate à porta. (Isso foi uma ironia).
Seria fácil desancar o autor - Risério - lembrando que foi afastado do Ministério da Cultura na época do governo do PT por acusações de falcatruas. Aliás, a "Folha de São Paulo", jornal famoso pela hipocrisia pseudo-liberal, defendeu o autor do artigo repulsivo com esse argumento. E alega que o mesmo foi preso na época na ditadura. O que prova apenas que qualquer um poderia ser preso nos tais anos de chumbo!
Poderia ainda se dizer de Antônio Risério que escreveu o prefácio de um um livro tecendo loas a Antônio Carlos Magalhães. Aquele mesmo.
Mas a questão é, a meu ver, muito mais séria.
Em 2022 celebra-se os dez anos da lei que estabeleceu o sistema de cotas étnicas nas universidade públicas.
A adoção da lei de cotas mobilizou contra sua promulgação intelectuais (alguns até supostamente progressistas), jornalistas e políticas reacionários em geral.
Cidadãos que nunca se preocuparam com os pobres, negros ou brancos, tornaram-se do dia para a noite advogados dos brancos pobres que diziam ser vítimas dos "racialistas" maléficos. Até um suposto complô do imperialismo norte-americano através da Fundação Ford foi invocado. E invocado por gente que nunca se incomodou anteriormente com o imperialismo!
Impossível não perceber o ataque orquestrado. Nesse ano as cotas étnicas serão revistas podendo ser abandonadas ou renovadas.
Entenderam ou é preciso que se desenhe?
Antônio Risério enumera casos que nada tem a ver com nosso país para "provar" que o racismo dos negros é que representa uma ameaça à civilização. Chegou a dizer em outro douto artigo, incensado por racistas de todos os matizes ideológicas e pelos falsos liberais de sempre, que o "identitarismo" é uma ameaça ao estado democrático de direito. Não a violência institucionalizada contra pobres de todas as cores e o negacionismo criminoso do capitão de plantão em Brasília.
Só para lembrar: Segundo o PCO o mesmo identitarismo é o principal inimigo do marxismo!
Nenhuma palavra dita sobre a violência das forças de segurança contra negros ou a destruição criminosa das terras dos povos originais, em constante ameaça!
Não! Segundo Risério, o dito racismo negro é que representa uma ameaça. Só faltou clamar por uma Jihad contra o identitarismo e, certamente, contra o sistema de cotas.
Não tenham dúvidas de que quando esquentar o debate sobre manutenção ou não das cotas étnicas, Risério irá emergir como herói da democracia e da Civilização e o mártir vitimado pelos supostos racistas e racialistas negros.
Quem viver verá e se indignará. E quem não ficar indignado certamente não será muito digno.
Prof. Benedito C. Dos Santos
#ForaBozoFascista
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RECOMENDAÇÃO DO SBP
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