Sidney Poitier era o astro bonitão da geração da minha mãe. Não obstante, era um grande ator. Claro que todos estão falando, agora que não está mais entre nós, do xaraoposo "Ao mestre com carinho", (1966).
Um dos seus maiores papéis, contudo, foi a interpretação do policial Virgil Tibbs no filme "No calor da noite (1967) retratando o negro culto às voltas com um assassinato no sul racista e ignorante dos EUA da época ((Mudou?).
Curiosamente esse filme, assim como outro de seus maiores sucessos, "Adivinhe quem vem para jantar" (1967), renderam o prêmio da Academia para os atores brancos que contracenavam com o astro negro e nenhuma indicação para Mr. Poitiers. O povo do Oscar deve ter achado que um único prêmio para um ator negro já era suficiente.
O prêmio ele havia amealhado em 1963 com a interpretação no filme "Uma voz na escuridão", que não era grande coisa mas Holywood amou sabe-ae lá por que.
Meus filmes favoritos com Sidney Poitier são dois poucos conhecidos:
- "O estranho John Kane" (Brother John", 1971), um filme quase esquecido, sombrio, onde Poitiers faz um cara misterioso que volta para a sua cidade sulista escrota para o enterro da mãe e vai embora "com o vento", alegando sempre que tem pouco tempo. No fim você não sabe direito o que é o cara. Um alienígena? O Messias? Grande filme. Só ratos de cinemateca ainda lembram ou curtem a obra.
- "Aconteceu outra Vez" (Let's Do It Again, 1975). Uma abobrinha completa, mas nem por isso menos divertida, a respeito de alguns cidadãos respeitáveis que para ajudar uma igreja/centro comunitário negro dão um golpe de mestre envolvendo apostas ilegais, lutas de boxe arranjadas e... hipnose! Hilário. Poitiers dirigiu e estrelou. É praticamente uma sátira aos filmes da década de 1970 conhecidos como Blaxploitation, clássicos de pancadaria e esculacho, geralmente interpretados e dirigidos por afroamericanos. Mas sem o sexo, a violência e os palavrões que eram típicos dessas obras.
Benedito C. dos Santos - Prof. de |História
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