2. Agenda que passa pela pela
liberação de mais armas p/ civis, incluindo de uso restrito, como fuzis;
excludente de ilicitude e retirada do controle dos governos estaduais sobre as
polícias, institucionalizando a bolsonarização dos quartéis e criando uma
polícia política.
3. Bolsonaro não esconde que tem
um plano golpista para 2022 e sabe que o Congresso Nacional tem centralidade
nesse embate, que já está se desenrolando.
4. Não à toa, ele está leiloando
cargos e liberando verbas de emendas parlamentares para comprar votos dos
deputados para o seu candidato. O presidente inclusive já disse que se não for
reeleito no ano que vem, a violência no Brasil será pior do que a dos EUA.
5. Diante dessas ameaças
explícitas, o comando da Câmara não pode estar nas mãos de um aliado de
Bolsonaro até 2022. Por isso, defendo o ingresso da bancada do PSOL, assim como
fizeram todos os partidos de esquerda, no bloco democrático cujo candidato é o deputado
Baleia Rossi.
6. Essa não é uma aliança
programática, é uma união tática, forjada pela urgência do momento e pela
imediata necessidade de derrotarmos o representante do Planalto e impedirmos
que Bolsonaro controle a agenda do Parlamento pelos próximos dois anos.
7. São muitas as divergências que
tenho com Baleia Rossi em relação à economia e ao papel do Estado no
desenvolvimento socioeconômico do país. Entretanto, essa coalizão não significa
um recuo.
8. Derrotado o candidato de
Bolsonaro, seguiremos em trincheiras opostas, lutando por projetos distintos
para Brasil, mas dentro dos marcos democráticos. E isso que nos une nesta
conjuntura: a defesa da democracia, do Estado de Direito e da Constituição de
88.
9. Há quem ache que defender
estes princípios é uma abstração. Não é.
10. Quando falamos em proteger a
Constituição, estamos lutando pela garantia dos direitos das minorias, do
controle sobre as polícias, do SUS e da educação pública, dos limites p/ os
avanços autoritários do Planalto, da assistência aos mais pobres e da defesa do
meio ambiente.
11. Também há quem defenda o voto
em Baleia apenas no 2º turno. O problema é que o risco de não haver 2º turno é
real. Essa é uma eleição extremamente polarizada e imprevisível, em que o
tamanho da dissidência dentro das bancadas será decisivo e cada voto será
fundamental.
12. As instituições, por mais
frágeis e imperfeitas que sejam, são trincheiras que precisamos ocupar nessa
batalha, porque o golpe bolsonarista é institucional, acontece por dentro do
sistema democrático com o objetivo de subvertê-lo.
13. O golpe não é uma ameaça, ele
já está ocorrendo. Precisamos ter clareza disso e agir com a maturidade que o
desafio histórico nos impõe.
14. O PSOL tem debatido desde o
fim do ano passado qual será seu posicionamento. Respeito profundamente essa
discussão e seguirei a orientação do partido, mas quero deixar expressa a minha
defesa pelo ingresso da bancada para fortalecer o bloco de enfrentamento ao
bolsonarismo.
15. O momento exige a formação de
uma coalização capaz de derrotar os adversários da democracia.
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