Por Douglas N. Puodzius
Como já sabemos, a Cynthia (com Y e com H!) - sempre é bom destacar esse detalhe gráfico que ela repete com orgulho quando diz o nome para alguém. Fala assim como que ditando uma redação, embora ela mesma, muitas vezes, tenha dúvidas sobre a posição que cada letra ocupa nesse american name (Isso também ela gosta de ressaltar) - pois bem, nós já sabemos que Cynthia é a garota que, nas férias de 2014, foi para Orlando com intuito de, como em 2018 faria um cidadão Parearense, ficar longe dessa bobagem de eleição. Que essa terrinha de merda se foda! Disse ela antes de partir para as compras nos stateits.
Acontece que pouco tempo se passou para uma virada na vida de CYNTHIA . Sim! A moça abraçou a politica. E ela viveu grandes dias fazendo coreografia com seu grupinho nas ruas do Brasil. (O uniformizinho verde amarelo, gente!) Ela se sentia uma verdadeira Cheer Leader na quadra da NBA, quando fazia as graças para a platéia ali na Av. Beira Mar.
Mas, a coisa a conquistou mesmo foi naquele momento histórico. Naquela noite, quando os deputados iam lá no microfone e declaravam: Por minha mãe, por minha família, meu cachorro, por Deus e todos os Santos, pela minha cidade, por meu torturador.. Eu voto sim! Aí ela abanava as patinhas do bilu e depois curtia a gritaria com o pessoal na Paulista. Foi inesquecível. Tirou centenas de selfies. Tirou retrato de casaquinho e botinha, sem casaquinho e com sandalinha , tirou fotinha de cima do carro de som e até com os soldados da policia militar ela fez pose. Ah! E mais fofo ainda: ganhou de presente um patinho de borracha, todo amarelinho. Gente que emoção! O mimo só podia vir de seu namorado, que conhecia um pessoal lá da fiesp.
Depois, Cynthia se engajou na politica de vez... Chorou quando o Capitão levou uma facada. Mas ele era forte! (Graças a Deus!). Então, a raivosa jurou que nunca mais uma tragédia como aquela aconteceria de novo. E era só alguém usar vermelho para fazer uma arminha de dedo e gritar: Mito! Mito! Mito! Daí era só risada quando o sujeito se retirava da roda. Saí daqui seu comunista!
Entretanto, não há felicidade que dure para sempre e a falência de seu avô mudou tudo na vida de Cynthia. Ela ficou amoada. Triste mesmo... O Capitão não conseguira salvar o país a tempo. O desastre dos comunistas fora muito grande e além disso, todos os malditos PeTês ficaram torcendo contra. (Olho gordo, entende?)
Hoje a moça já esta recuperada. Ela faz faxina no supermercado, onde seu namorado trabalha como entregador. Quer dizer... Presta serviço com a moto dele. Ele não é empregado. Ele é empreendedor. Ele, assim como o avô de Cynthia, teve que fechar sua loja de suplementos por conta dessa pandemia de gripezinha... (Os comunistas mandaram fechar tudo, né?). E pior; as aplicações dele, em dolares e bitcoins, viraram fumaça do dia para noite.
Aliás, deve-se ressaltar que Cynthia também não é empregada... Assim, do tipo fixa, fichada. Entende? É intermitente. Só trabalha quando eles precisam. Isso é legal, porque fica mais livre para fazer outros "corre", como costuma dizer . O pessoal da chefia tem gostado do trabalho dela e prometeu treiná-la para assumir no caixa. Cynthia não é muito boa de contas e ainda se atrapalha com aquele monte de teclas. (Ela nunca foi muito boa com números, senão já era caixa há muito tempo) Mas, a garota é guerreira e, se Deus quiser, chega lá. Certeza! Até o fim do ano toma lugar como caixa de supermercado. Ela tá ralando... (A certeza é tanta que ela até fotografou sentada na operação do caixa 08 para colocar no perfil do feice).
Quanto a politica? Bem... Cynthia, fecha a cara quando tocam no assunto: Não gosto mais disso, não! Faz um silêncio curto e explica que já fez a parte dela.
- Agora! Se o povo quiser votar em comunista, não espere mais nada de mim! Tô nem ai! (Beijinho no ombro) O povo que se lasque!
RECOMENDAÇÃO DO SBP
Aposto que a ninfa vai apoiar uma terceira via, assim limpinha e cheirosa!
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